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Ibovespa fecha em queda com influência do cenário externo

O Ibovespa recuou 0,13%, refletindo incertezas globais e o cenário político interno. Dólar caiu pelo 11º dia, a R$ 5,8160.
Em maio, ações do Ibovespa tiveram forte volatilidade. AZZA3 liderou os ganhos e AZUL4 despencou após pedir recuperação judicial.
(Imagem: divulgação/B3)

O Ibovespa iniciou fevereiro em queda, refletindo o cenário externo instável e a expectativa pelo relatório de produção da Petrobras. O principal índice da bolsa brasileira fechou esta segunda-feira (3) com recuo de 0,13%, aos 125.970,46 pontos. A pressão veio de Wall Street, que também operou em tom negativo, e das incertezas sobre um possível tarifaço de Donald Trump, que voltou a ser pauta no mercado global.

No câmbio, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,8160, registrando queda de 0,35%. Este foi o 11º recuo consecutivo da moeda americana, configurando a maior sequência de baixas em 20 anos.

Como o cenário doméstico influenciou o Ibovespa?

No Brasil, os investidores aguardam a temporada de balanços do quarto trimestre e a retomada das atividades no Congresso Nacional. O comando da Câmara dos Deputados agora está nas mãos de Hugo Motta, enquanto o Senado Federal será liderado por Davi Alcolumbre.

Outro ponto de atenção foi o primeiro Boletim Focus após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 13,25% ao ano. O relatório manteve a expectativa de nova alta de 1 ponto percentual na reunião de março. Além disso, os economistas consultados pelo Banco Central do Brasil elevaram pela 16ª vez consecutiva a projeção para a inflação, que passou de 5,50% para 5,51%. A ata da última reunião do Copom será divulgada amanhã (4).

Destaques do Ibovespa: Petrobras e Natura em foco

Entre os destaques do Ibovespa, as ações da Petrobras (PETR4; PETR3) estiveram entre as mais negociadas, com o mercado atento ao relatório de produção e vendas do quarto trimestre de 2024, considerado uma prévia do balanço. Mesmo com o desempenho positivo do petróleo, os papéis da estatal fecharam em queda.

Já a Vale (VALE3) conseguiu reverter parte das perdas e encerrou o pregão em alta. A empresa foi impulsionada pela expectativa de reabertura dos mercados de minério de ferro na China após o feriado do Ano Novo Lunar, que termina amanhã (4).

No lado positivo, Automob (AMOB3) e Hypera (HYPE3) figuraram entre as maiores altas da sessão. O destaque, porém, foi a Natura (NTCO3), que avançou mais de 4% após o Goldman Sachs elevar a recomendação de neutra para compra. A instituição financeira projeta um potencial de valorização de quase 30% das ações da companhia até o final do ano.

Azul lidera perdas com alta do querosene de aviação

Na ponta negativa do Ibovespa, a Azul (AZUL4) liderou as perdas. Os investidores reagiram ao aumento de 8% no preço médio do querosene de aviação (QAV) vendido a distribuidoras, o que representa um acréscimo de R$ 0,31 por litro na última semana.

O mercado segue atento aos desdobramentos da política monetária e da temporada de balanços. As tensões externas também devem continuar influenciando o desempenho do Ibovespa nos próximos dias.

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