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WEG enfrenta incertezas com tarifas nos EUA: O que está em jogo?

A WEG (WEGE3) enfrenta desafios de tarifas nos EUA, impactando 25% de sua receita na América do Norte. Com uma estratégia diversificada, a empresa já superou a Vale em valor de mercado no Ibovespa. O que esperar da próxima teleconferência? Descubra como a WEG se adapta no mercado global.
Máquina industrial da WEG em destaque na fábrica, impactada pelas tarifas nos EUA.
Hoje, um terço da produção da WEG está nos EUA e outro no México. (Foto: LinkedIn)

A WEG (WEGE3) enfrenta um novo desafio com a volta das discussões sobre tarifas nos EUA. Cerca de 25% da sua receita vem da América do Norte, e uma parte da sua produção está no México. Se novas tarifas comerciais nos Estados Unidos forem impostas, a empresa pode ter dificuldades para manter sua competitividade.

Como a WEG pode lidar com as tarifas nos EUA?

A WEG tem uma estratégia de produção espalhada por diferentes países, o que ajuda a reduzir riscos. Hoje, um terço da sua produção está nos EUA, outro no México e o restante em outras regiões. Isso significa que apenas 8% da receita líquida estaria diretamente exposta às tarifas nos EUA.

Para reduzir os impactos, a empresa usa sua estrutura flexível. Isso permite ajustar fábricas e logística rapidamente, como já fez na pandemia de COVID-19. Além disso, a WEG pode aproveitar a capacidade ociosa das fábricas adquiridas com a Regal Rexnord nos EUA, que hoje operam com apenas 50% da capacidade.

Ajuste de preços como solução para tarifas nos EUA

Se as tarifas nos EUA forem implementadas, a WEG pode optar por aumentar os preços para compensar os custos extras. Isso ajudaria a proteger suas margens de lucro.

Apesar da preocupação do mercado, o Itaú BBA manteve sua recomendação de compra para as ações da WEG, com preço-alvo de R$ 67.

Confira no vídeo como as tarifas de Donald Trump impactam as ações da WEG:

O que esperar da próxima teleconferência sobre tarifas nos EUA?

O Goldman Sachs destacou alguns pontos que devem ser discutidos na teleconferência de resultados da WEG, marcada para 27 de fevereiro:

  • Como as tarifas nos EUA podem afetar a operação;
  • O impacto da inteligência artificial na demanda por motores industriais;
  • Sustentabilidade das margens de lucro;
  • Efeitos da economia brasileira sobre as exportações.

Conforme publicado pelo Investidor 10, outro fator que preocupa é o “Efeito DeepSeek“. Recentemente, novas tecnologias de inteligência artificial anunciadas na China, supostamente mais eficientes no consumo de energia, fizeram as ações da WEG caírem 8%.

O Goldman Sachs também apontou que os investidores devem ficar atentos a possíveis mudanças nos investimentos da empresa. Recentemente, a WEG anunciou a ampliação das operações no México. Se houver mudanças no cenário tarifário, esses planos podem ser ajustados.

WEG supera a Vale e se destaca no Ibovespa

Em janeiro de 2025, a WEG alcançou um marco importante ao ultrapassar a Vale (VALE3) em valor de mercado no Ibovespa. A fabricante de equipamentos elétricos foi avaliada em R$ 223,4 bilhões, superando os R$ 219,9 bilhões da mineradora.

Desde dezembro de 2024, as duas empresas vêm alternando posições no ranking das maiores companhias da bolsa brasileira. Esse crescimento da WEG mostra a força das empresas diversificadas e com presença global.

Pedro Brandão, especialista e finanças e CEO da CredÁgil, comenta sobre a dependência da WEG dos EUA:

“A WEG tem uma presença global diversificada, mas sua forte exposição ao mercado norte-americano representa um desafio estratégico. Qualquer mudança nas tarifas nos EUA pode afetar diretamente sua competitividade e margens de lucro. A empresa precisará reforçar sua flexibilidade produtiva e explorar novos mercados para mitigar essa dependência e garantir crescimento sustentável.”

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