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Com déficit bilionário, Correios atrasam salário de funcionários

A crise dos Correios resultou em atrasos salariais e um prejuízo histórico de R$ 3,2 bilhões em 2024. A centralização de RH causou falhas no pagamento, e a empresa enfrenta risco de insolvência. A situação gerou pedidos de CPI e ações judiciais
Imagem de agência dos Correios. Crise dos Correios afeta pagamento de funcionários
Agência Brasil/EBC

Com o agravamento da crise dos Correios, parte dos funcionários não recebeu o salário referente a janeiro dentro do prazo. Desde 1969, por acordo trabalhista, a estatal paga os salários no último dia útil de cada mês. No entanto, em 2024, sob a gestão do advogado Fabiano Silva dos Santos, a empresa registrou o maior prejuízo de sua história: R$ 3,2 bilhões. Esse rombo, aliado à decisão de abrir mão de processos bilionários, resultou no pedido de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara dos Deputados.

Crise dos Correios afeta São Paulo

Em São Paulo, principalmente, os trabalhadores não foram pagos, e o Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo) protocolou um ofício cobrando a regularização dos pagamentos. O presidente do sindicato, Elias Diviza, afirmou que parte dos salários começou a ser paga apenas na terça-feira (4.fev.2025). Ele ignorou a crise dos Correios e atribui o atraso a uma decisão da atual gestão de centralizar todos os serviços de Recursos Humanos (RH) em Minas Gerais. Isso teria desorganizado o sistema.

Antes, a empresa tinha três sedes de RH. Os dois estados com maior número de funcionários, São Paulo e Rio de Janeiro, possuíam suas próprias sedes. A centralização causou falhas. A direção dos Correios alegou que inconsistências em algumas rubricas e dados bancários desatualizados causaram atrasos no pagamento de 124 funcionários, descartando a crise de déficit. O sindicato contestou os números e promete entrar com uma ação judicial.

Aumento da dívida

Além disso, a crise dos Correios envolve risco de insolvência, com uma gestão que critica o governo anterior e a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a “taxa das blusinhas“. A empresa também fez decisões polêmicas, como a desistência de uma ação trabalhista bilionária. Além disso, teve o reconhecimento de uma dívida de R$ 7,6 bilhões com o Postalis. e gastos de R$ 200 milhões com “vale-peru”. Em outubro, decretaram um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para 2024.

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