O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (07), revertendo as perdas registradas pela manhã. A valorização da moeda ocorreu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmar a intenção de impor tarifas sobre importações. A declaração elevou a aversão ao risco entre investidores e afetou os mercados globais.
Por que o dólar se fortaleceu hoje?
Donald Trump declarou que planeja anunciar novas tarifas na próxima semana, justificando que a medida ajudará a equilibrar o déficit orçamentário norte-americano. A proposta está alinhada com sua política de impor taxas equivalentes às aplicadas pelos parceiros comerciais dos EUA.
A reação foi imediata. Minutos após a notícia, o dólar se valorizou mundialmente, revertendo a tendência de queda observada no Brasil. Além disso, a possibilidade de um impacto inflacionário aumentou as expectativas de que o Federal Reserve manterá os juros elevados, fator que tradicionalmente favorece a moeda norte-americana.
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Cotação do dólar nesta sexta-feira
No fechamento da sessão, o dólar à vista avançou 0,48%, sendo negociado a R$ 5,792. O contrato futuro de dólar para o primeiro vencimento registrou alta de 0,52%, cotado a R$ 5,816.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,792
- Venda: R$ 5,792
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,817
- Venda: R$ 5,997
Impacto no mercado global
A decisão de Donald Trump de ampliar as tarifas comerciais elevou a incerteza econômica. Recentemente, os EUA aplicaram tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá e 10% sobre produtos da China. Enquanto os impostos sobre os países vizinhos foram suspensos temporariamente, as sanções à China permanecem, resultando em uma resposta de Pequim.
A reação dos investidores foi imediata. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda em relação a outras seis divisas, subiu 0,31%, atingindo 107,990 pontos. Além disso, os juros dos títulos do Tesouro americano, referência para o mercado financeiro, também subiram. O Treasury de dois anos teve alta de 7 pontos-base, alcançando 4,279%.
Dados econômicos e influência no câmbio
No início do dia, o dólar vinha em queda em relação ao real, influenciado por dados do mercado de trabalho nos EUA. O relatório oficial apontou a criação de 143.000 vagas em janeiro, abaixo das projeções de 170.000. No entanto, a taxa de desemprego caiu para 4,0%, contrariando previsões de estabilidade.
Os dados indicavam uma possível desaceleração da economia norte-americana, o que poderia abrir espaço para cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve. Esse cenário sustentou a valorização do real temporariamente.