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Cotação do dólar cai apesar das novas tarifas dos EUA

A cotação do dólar caiu para R$ 5,7859 nesta segunda, puxada por exportadores e alta das commodities. Mercado segue atento às tarifas dos EUA.
(Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

Apesar do anúncio de novas tarifas de importação pelos Estados Unidos, a cotação do dólar fechou a segunda-feira em leve baixa em relação ao real. O movimento refletiu a cautela dos investidores em relação à política comercial norte-americana e a atuação de exportadores brasileiros, que aproveitaram as cotações acima de R$ 5,80 para vender moeda no mercado.

A alta nos preços do petróleo e do minério de ferro também impulsionou o fluxo comercial no mercado à vista, favorecendo a recuperação do real. Além disso, os sinais de aumento da inflação na China reforçaram expectativas de maior demanda por commodities, o que beneficia países exportadores como o Brasil.

Vídeo do canal CNN Brasil no YouTube.

Qual foi a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista encerrou o dia com queda de 0,12%, cotado a R$ 5,7859. No acumulado de 2025, a moeda já registra uma desvalorização de 6,36%.

Na B3, o contrato futuro para março, o mais negociado no momento, recuou 0,41%, para R$ 5,8065, às 17h05.

Confira a cotação do dólar:

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,785
  • Venda: R$ 5,785

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,817
  • Venda: R$ 5,997

As tarifas dos EUA podem impactar o câmbio?

O presidente Donald Trump anunciou novas tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio para os EUA, além de tarifas recíprocas que podem entrar em vigor ainda nesta semana.

Falando a jornalistas no Força Aérea Um, Donald Trump afirmou que pretende igualar as taxas cobradas por outros países sobre produtos norte-americanos. A medida ocorre após os EUA já terem aplicado tarifas de 25% sobre produtos do México e Canadá e 10% sobre importações chinesas.

Enquanto os vizinhos México e Canadá negociaram a suspensão temporária dessas tarifas, a China continua sendo alvo de barreiras comerciais, o que tem gerado retaliações de Pequim.

O Brasil, assim como outros grandes exportadores de aço, pode ser impactado diretamente pelas novas barreiras, o que pode gerar volatilidade no mercado de câmbio nos próximos dias.

Investidores estão mais cautelosos?

A possibilidade de novas tarifas tem levado investidores a reduzir suas exposições em ativos de países emergentes. Isso explica o avanço do dólar sobre moedas como peso mexicano e peso chileno.

Além disso, o mercado teme que as medidas de Donald Trump impulsionem a inflação nos EUA, o que poderia levar o Federal Reserve a manter os juros elevados por mais tempo. Isso favoreceria o dólar, já que aumentaria a atratividade dos Treasuries, os títulos da dívida norte-americana.

Inflação no Brasil e reação do mercado

No cenário doméstico, a atenção dos investidores também se voltou para o Boletim Focus do Banco Central do Brasil. A pesquisa mostrou uma nova elevação na projeção para a inflação brasileira:

  • 2025: expectativa de 5,58% (ante 5,51% na semana anterior)
  • 2026: projeção de 4,30% (contra 4,28% na última leitura)

Além disso, o mercado já se posiciona para a divulgação do IPCA de janeiro, que será conhecida nesta terça-feira. Economistas consultados pela Reuters esperam uma desaceleração da inflação mensal para 0,14%, ante 0,52% em dezembro.

Com a política comercial dos EUA gerando incertezas e os dados econômicos locais em foco, o comportamento da cotação do dólar seguirá sendo acompanhado de perto pelos investidores.

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