O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira (10), avançando 0,76%, aos 125.571,81 pontos. O mercado encontrou suporte no desempenho positivo das commodities e das ações cíclicas, deixando em segundo plano as ameaças de taxação de aço e alumínio feitas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Já o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,7860, com leve baixa de 0,13%. No cenário doméstico, o alívio veio após a Casa Civil negar estudos sobre um possível reajuste no Bolsa Família.
Enquanto isso, os investidores acompanharam a piora das projeções inflacionárias. O Boletim Focus do Banco Central do Brasil elevou a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,51% para 5,58%, marcando a 17ª revisão consecutiva para cima.
O que movimentou o Ibovespa hoje?
A temporada de balanços do setor bancário trouxe novidades. O BTG Pactual (BPAC11) divulgou um lucro líquido ajustado de R$ 3,3 bilhões no quarto trimestre de 2024, uma alta de 15% em relação ao ano anterior. No acumulado do ano, o banco teve um lucro de R$ 12,3 bilhões, crescendo 18% sobre 2023. Apesar do resultado positivo, as ações fecharam em queda de 2%, refletindo ajustes de mercado.
Entre as maiores altas do dia, Automob (AMOB3), Cogna (COGN3) e Gerdau (GGBR4) se destacaram. Cogna subiu após ter sua recomendação elevada pelo Santander de “neutro” para “compra“. Já Gerdau foi impulsionada pela possível taxação sobre o aço e alumínio, medida que pode beneficiar suas operações nos EUA.
“Se realmente houver um aumento das tarifas nesses valores, isso é uma notícia positiva para os produtores locais — incluindo a Gerdau U.S.”, destacou o Itaú BBA em relatório.
Vídeo do canal BM&C NEWS no YouTube.
Petrobras e Vale sustentam ganhos, Azul lidera quedas
Os gigantes do setor de commodities também contribuíram para o desempenho positivo do Ibovespa. Petrobras (PETR4;PETR3) e Vale (VALE3) acompanharam o avanço das commodities no mercado internacional e fecharam o dia no azul.
Por outro lado, Azul (AZUL4) registrou a maior queda do índice, pressionada pela alta do petróleo e do dólar no exterior, fatores que impactam diretamente os custos da companhia aérea.
O mercado segue atento às movimentações econômicas globais e aos desdobramentos sobre possíveis mudanças tarifárias nos EUA, que podem afetar diferentes setores da economia brasileira.