O dólar perdeu força em relação o real e fechou em queda pelo segundo dia consecutivo. A moeda chegou a superar R$ 5,80 durante o pregão, mas recuou, encerrando o dia cotada a R$ 5,7682. O movimento ocorreu mesmo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio, produtos de grande relevância para as exportações brasileiras.
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O que explica a queda do dólar?
Apesar da nova barreira comercial imposta pelos EUA, o mercado reagiu com relativa tranquilidade. Investidores monitoraram dados da inflação brasileira, que trouxeram sinais positivos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro registrou alta de 0,16%, abaixo das expectativas do consenso Lseg, que projetava 0,14%. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,83%.
Esse foi o menor IPCA para janeiro desde 1994, quando o Plano Real foi implementado. Em dezembro de 2024, a variação havia sido de 0,42%, demonstrando uma desaceleração da inflação.
Cotação do dólar hoje
No fechamento, o dólar à vista teve uma queda 0,31%, encerrando a R$ 5,7682. Desde o início de 2025, a moeda acumula redução de 6,65%.
Na B3, o dólar para março, atualmente o contrato mais líquido, recuava 0,44% às 17h04, sendo negociado a R$ 5,7860.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,768
- Venda: R$ 5,768
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,817
- Venda: R$ 5,997
O cenário cambial segue influenciado por fatores externos e internos. Enquanto a inflação no Brasil está controlada desde janeiro, a política comercial dos Estados Unidos pode ter consequências de longo prazo para o real. O mercado continuará atento a novos desdobramentos.