O dólar encerrou a quarta-feira (12) com leve variação em relação ao real, registrando uma queda de 0,10% e sendo negociado a R$5,7622 no mercado à vista. No acumulado de 2025, a moeda norte-americana apresenta uma desvalorização de 6,75%.
No mercado futuro, o contrato do dólar para março, atualmente o mais negociado, recuava 0,12%, atingindo R$5,7800 na B3 às 17h04.
Dólar comercial:
- Compra: R$ 5,762
- Venda: R$ 5,762
Dólar turismo:
- Compra: R$ 5,804
- Venda: R$ 5,984
Por que o dólar oscilou pouco?
A moeda norte-americana iniciou o dia com uma leve alta, refletindo o cenário externo. O movimento foi impulsionado pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que apontou uma alta de 0,5% em janeiro, superando a expectativa do mercado.
No acumulado de 12 meses, a inflação atingiu 3,0%, acima dos 2,9% registrados em dezembro. Esse resultado aumentou as dúvidas sobre a possibilidade de cortes de juros pelo Federal Reserve no curto prazo, fortalecendo o dólar globalmente.
No Brasil, logo após a divulgação dos dados, o dólar atingiu sua máxima do dia, chegando a R$5,7883 às 10h33, com alta de 0,35%.
Quais fatores influenciaram o câmbio?
Apesar da pressão inicial, a valorização do dólar não se sustentou ao longo do dia. No mercado financeiro, há uma percepção de que o cenário atual não apresenta motivos suficientes para levar a moeda para patamares mais altos ou para que ela caia abaixo dos R$5,70.
A mínima do dia ocorreu às 15h22, quando o dólar chegou a R$5,7438, recuando 0,42%. No entanto, ao longo da tarde, a cotação se ajustou para um nível próximo da estabilidade.
Qual foi a atuação do Banco Central do Brasil?
O Banco Central do Brasil interveio no mercado cambial de forma moderada nesta quarta-feira. Pela manhã, a instituição vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional, dando continuidade à rolagem dos vencimentos programados para março de 2025.
No período da tarde, o BC divulgou que, até o dia 7 de fevereiro, o fluxo cambial brasileiro acumulava um saldo negativo de US$350 milhões. O resultado foi influenciado por entradas líquidas de US$191 milhões no setor financeiro e saídas de US$541 milhões no comércio exterior.
Em outro evento relevante do dia, o presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, comentou que a instituição tende a ser mais agressiva ao elevar a taxa Selic, mas age com cautela ao reduzi-la. Atualmente, a taxa básica de juros está fixada em 13,25% ao ano.
O dólar pode cair abaixo de R$5,70?
O mercado segue sem uma tendência clara para o dólar no curto prazo. Enquanto investidores aguardam sinais mais firmes sobre a política monetária dos Estados Unidos, o Banco Central brasileiro mantém uma postura conservadora quanto à Selic.
O índice do dólar – que mede a força da moeda americana frente a seis divisas globais – operava em 107,930 às 17h19, sem grandes variações, indicando estabilidade no mercado internacional.