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Crise na Forever 21: varejista pode encerrar operações nos EUA

A Forever 21 pode fechar 200 lojas nos EUA e iniciar falência. A empresa tenta vender operações, mas liquidação total é possível.
A Forever 21 pode fechar 200 lojas nos EUA e iniciar falência. A empresa tenta vender operações, mas liquidação total é possível.
(Imagem: Mike Mozart/Wikimedia Commons)

A rede de moda rápida Forever 21 está planejando o fechamento de pelo menos 200 lojas nos Estados Unidos. A medida faz parte de um processo de falência que pode ser iniciado já no próximo mês, segundo fontes próximas ao assunto. Caso não encontre um comprador para as unidades restantes, a varejista pode encerrar todas as suas 350 lojas no país.

A Forever 21 será vendida ou liquidada?

A operadora da Forever 21 nos EUA busca alternativas estratégicas para manter parte do negócio, incluindo a possibilidade de venda da empresa. Caso não surjam interessados, a liquidação completa da cadeia de lojas se tornará o caminho mais provável. No auge, a marca operava mais de 500 unidades no país e cerca de 800 no mundo.

“A operadora da Forever 21 segue explorando opções estratégicas, como uma possível venda, enquanto reduz custos e otimiza a presença física”, afirmou um porta-voz da Catalyst Brands, atual controladora da operação nos EUA.

Histórico de dificuldades e atrasos nos pagamentos

Algumas das lojas previstas para fechamento enfrentam prejuízos há anos. Para mantê-las operando, a Forever 21 chegou a reter pagamentos de aluguel e royalties, segundo fontes próximas à empresa.

A marca e a propriedade intelectual da Forever 21 pertencem à Authentic Brands, gigante do setor de moda e lifestyle. A Authentic licencia a marca para a operadora que está à beira da falência e pretende seguir esse modelo independentemente do desfecho do processo.

Vídeo do canal Ecommerce na Prática no YouTube.

Mudanças na gestão e impacto no varejo

A operação da Forever 21 nos EUA mudou de mãos recentemente. Em janeiro, a Catalyst Brands assumiu a gestão, substituindo o Sparc Group, uma joint venture entre a Authentic Brands e os gigantes do setor imobiliário Simon Property Group e Brookfield Properties.

A primeira grande crise da varejista ocorreu em 2019, quando a rede entrou em falência pela primeira vez. Na época, o grupo Sparc interveio para evitar a liquidação. Agora, a Authentic Brands, dona da marca, pode optar por novos licenciados para dar continuidade à Forever 21 no mercado.

A empresa não comentou sobre o impacto do possível fechamento nas operações globais.

Uma marca em crise: do Brasil aos EUA

A crise da Forever 21 não se restringe aos Estados Unidos. A varejista já operou no Brasil, onde chegou em 2014 e causou alvoroço com sua proposta jovem e descolada. No entanto, os preços das peças no país não foram tão competitivos quanto em outros mercados, e a rede não conseguiu se sustentar. Em 2022, após oito anos de atuação, a marca fechou todas as suas 15 lojas no Brasil.

Além disso, a Forever 21 enfrentou problemas jurídicos no país. Atrasos no pagamento de aluguel levaram a ações de despejo movidas por shoppings como RioSul, Shopping Tijuca e Plaza Shopping Niterói, no Rio de Janeiro. Casos semelhantes ocorreram em outras localidades, dificultando ainda mais a operação da marca no Brasil.

Concorrência de gigantes asiáticas acelerou o declínio da Forever 21 no Brasil

Na época, a Forever 21 sofreu uma forte concorrência de plataformas chinesas como Shein e Shopee, que popularizaram o fast fashion online com preços ainda mais baixos e um modelo de negócios baseado na produção sob demanda.

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