O Banco do Brasil encerrou 2024 com um lucro líquido ajustado de R$ 37,896 bilhões, registrando um avanço de 6,6% em relação ao ano anterior. No quarto trimestre, o banco obteve R$ 9,580 bilhões em lucro, superando a projeção de analistas, que estimavam R$ 9,497 bilhões.
Apesar do desempenho positivo, o lucro contábil do Banco do Brasil no período apresentou uma leve queda de 1,6% no trimestre e 1% no acumulado de 12 meses, totalizando R$ 8,773 bilhões.
O mercado, no entanto, reagiu de forma negativa antes da divulgação do balanço. As ações do Banco do Brasil (BBAS3) fecharam em queda de 2%, sendo negociadas a R$ 28,86.
O balanço do 3T24 indicava uma tendência de crescimento no lucro do Banco do Brasil
No terceiro trimestre de 2024, o Banco do Brasil registrou um lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões, com crescimento de 8,3% em relação ao mesmo período de 2023.
A carteira de crédito ampliada também mostrou força, atingindo R$ 1,2 trilhão, um aumento de 13% em 12 meses. A margem financeira subiu 9,3% no trimestre, impulsionada pelo crescimento da demanda por crédito, mesmo diante da volatilidade econômica.
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) do Banco do Brasil ficou em 21,5% no terceiro trimestre, registrando um avanço de 0,2 ponto percentual na comparação anual, mas com uma leve queda em relação ao trimestre anterior.
Crédito impulsiona resultados do BB no quarto trimestre
A carteira de crédito do Banco do Brasil alcançou R$ 1,279 trilhão em dezembro, representando crescimento de 6,1% no trimestre e 15,3% em 12 meses, o que contribuiu para o lucro do Banco do Brasil.
- Pessoas físicas: alta de 2,4% no trimestre e 7,3% no ano, atingindo R$ 336,018 bilhões.
- Pessoas jurídicas: crescimento de 9,4% no trimestre e 18% no ano, totalizando R$ 461,070 bilhões.
- Agronegócio: avanço de 2,9% no trimestre e 11,9% no ano, somando R$ 397,710 bilhões.
A margem financeira bruta do banco totalizou R$ 26,791 bilhões no quarto trimestre, uma alta de 3,6% no trimestre e 4% em 12 meses.
Inadimplência segue estável, mas agronegócio apresenta alerta
A taxa de inadimplência geral do Banco do Brasil ficou em 3,3% ao final de dezembro, se mantendo estável no trimestre, mas superior aos 2,9% registrados no fim de 2023.
- Pessoas físicas: recuo para 4,66%, ante 5,03% em setembro.
- Pessoas jurídicas: redução para 3,51%, contra 3,58% no trimestre anterior.
- Agronegócio: aumento para 2,45%, acima dos 1,97% no terceiro trimestre e 0,96% no final de 2023.
A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) apresentou leve alta, subindo para 2,00% no quarto trimestre, frente aos 1,97% no trimestre anterior.
Projeções de lucro para 2025: Banco do Brasil mantém otimismo e prevê crescimento forte
Para 2025, o Banco do Brasil projeta um lucro líquido ajustado entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões. A expectativa é de crescimento sustentável da carteira de crédito, com projeções entre 5,5% e 9,5%, distribuídas da seguinte forma:
- Crédito para pessoas físicas: alta entre 7% e 11%.
- Crédito para empresas: expansão de 4% a 8%.
- Financiamento ao agronegócio: crescimento entre 5% e 9%.
- Carteira sustentável: aumento previsto de 7% a 11%.
Além disso, o Banco do Brasil estima uma margem financeira bruta entre R$ 111 bilhões e R$ 115 bilhões, enquanto as receitas de prestação de serviços devem ficar entre R$ 34,5 bilhões e R$ 36,5 bilhões.