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Mercado do agronegócio em alta: fusões e aquisições disparam em 2024

O agronegócio no Brasil teve 12 fusões e aquisições em 2024, alta de 140%. Setor de fertilizantes e açúcar lideram movimentações no mercado.
O agronegócio no Brasil teve 12 fusões e aquisições em 2024, alta de 140%. Setor de fertilizantes e açúcar lideram movimentações no mercado.
(Imagem: divulgação/Bunge/Agrogalaxy)

O mercado de agronegócio no Brasil viveu um ano movimentado em 2024, alcançando o maior número de fusões e aquisições dos últimos cinco anos. De acordo com um relatório da KPMG, foram registradas 12 operações no setor entre janeiro e dezembro, com forte presença das áreas sucroalcooleira e de fertilizantes. Esse volume representa um crescimento de 140% em relação ao ano anterior, quando ocorreram apenas cinco transações.

O que está por trás do crescimento de fusões e aquisições no agronegócio?

O estudo da consultoria aponta que a consolidação de empresas no agronegócio já vinha ganhando força nos últimos anos. Em 2022, o setor concretizou 11 negócios, enquanto 2021 e 2020 registraram nove transações cada. A necessidade de mais investimentos e o ambiente de risco financeiro, especialmente no segmento de fertilizantes, impulsionaram a alta em 2024.

“A tendência de crescimento nas fusões e aquisições do setor de fertilizantes já era esperada no agronegócio. É um ramo que demanda alto capital e está sujeito a riscos financeiros, ainda mais em um cenário com mais pedidos de recuperação judicial na agropecuária”, analisa Giovana Araújo, sócia-líder de agronegócio da KPMG.

Como as fusões e aquisições foram distribuídas no agronegócio?

Das 12 operações realizadas no ano passado, cinco envolveram empresas brasileiras negociando entre si. Outras três foram transações em que grupos estrangeiros adquiriram participação em companhias nacionais. Além disso, três fusões ocorreram com empresas brasileiras comprando ativos de multinacionais já estabelecidas no país. Apenas uma negociação envolveu a transferência de controle entre duas empresas estrangeiras que operam no Brasil.

Principais transações do ano

Entre os negócios de maior repercussão, a aquisição da BP Bunge Bioenergia pela britânica BP se destacou. Em junho, a companhia comprou a participação de 50% da Bunge, consolidando o controle da joint venture no Brasil. Outra transação relevante foi a da gestora Aqua Capital, que adquiriu a Solubio, empresa especializada em agricultura regenerativa, por R$ 100 milhões em agosto.

Vídeo do canal Histórias Empreendedoras no YouTube.

Ainda no primeiro trimestre do ano, a empresa israelense ICL, que atua na produção de minerais e fertilizantes, comprou a brasileira Nitro 1000 por US$ 30 milhões. Em agosto, a Agrion obteve um financiamento de até US$ 50 milhões do Fundo Global para Recifes de Corais, e o fundo americano Pegasus adquiriu participação minoritária na companhia. No mesmo mês, a Agrogalaxy ampliou sua fatia na Agrocat, elevando sua participação de 80% para 90%.

Fusões e aquisições cresceram 5% no Brasil em 2024

O levantamento da KPMG também revelou que, no total, o país registrou 1.582 fusões e aquisições em 2024, um aumento de 5% na comparação com o ano anterior. O maior volume de transações foi entre empresas brasileiras, com 981 negócios fechados. Além disso, companhias estrangeiras adquiriram participação em 394 empresas nacionais.

A movimentação do mercado demonstra o interesse crescente de investidores em setores estratégicos, como o agronegócio. Com o cenário econômico impulsionando novas oportunidades, a tendência é que fusões e aquisições continuem aquecidas nos próximos anos.

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