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Indústria brasileira tem leve queda na confiança em fevereiro

O índice de confiança da indústria brasileira recuou levemente em fevereiro. Apesar do cenário desafiador, alguns setores veem perspectivas de recuperação.
Dados da FGV revelam oscilação na confiança da indústria brasileira. Empresários seguem cautelosos, mas estoques e produção dão sinais positivos.
(Imagem: Jean Martinelle/Pixabay)

A confiança da indústria brasileira registrou uma leve queda em fevereiro, indicando que os empresários ainda veem o cenário com cautela. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (26) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostram uma oscilação discreta no otimismo do setor.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 0,1 ponto em comparação com janeiro, chegando a 98,3 pontos. Apesar da estabilidade no indicador geral, a percepção sobre o momento atual piorou, enquanto as expectativas para os próximos meses registraram avanço.

O setor industrial está menos confiante?

O Índice de Situação Atual (ISA), que mede a avaliação dos empresários sobre o presente, recuou 0,5 ponto, alcançando 100,4 pontos. Esse resultado reflete um enfraquecimento no sentimento do setor, puxado pela piora na percepção sobre os negócios, que caiu 2,9 pontos, para 96,1 pontos.

Por outro lado, os estoques da indústria tiveram leve alta de 0,9 ponto, atingindo 95,3 pontos, o melhor patamar desde fevereiro de 2022. Esse dado sugere que a gestão de estoques segue equilibrada, sem sinalizar excessos.

O que esperar dos próximos meses para a indústria brasileira?

Enquanto a avaliação do presente segue desaquecida, o Índice de Expectativas (IE) avançou 0,4 ponto em fevereiro, chegando a 96,3 pontos. Para o economista Stéfano Pacini, do FGV Ibre, há sinais positivos no curto prazo para a indústria brasileira, mas a confiança no longo prazo ainda é frágil.

“As projeções para produção e contratação melhoraram em fevereiro, compensando parte da perda observada em janeiro. No entanto, quando olhamos para um período mais longo, de seis meses, o pessimismo segue espalhado entre os segmentos da indústria”, explicou.

Fatores como juros elevados, desvalorização cambial e um ritmo econômico mais lento criam desafios para o setor industrial, mesmo após o bom desempenho de 2024.

Juros altos dificultam a recuperação da indústria brasileira

Com a taxa Selic fixada em 13,25% ao ano e a previsão de um novo aumento de 1 ponto percentual em março, o custo do crédito e dos investimentos industriais pode subir ainda mais. Esse fator pode limitar a retomada do setor nos próximos meses.

Apesar desse contexto desafiador, a FGV destaca que a gestão dos estoques segue dentro de parâmetros adequados e que a percepção sobre a demanda teve uma leve melhora. A evolução desses fatores nos próximos meses será determinante para os rumos da confiança da indústria em 2025.

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