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Desemprego cresce pelo 2º mês seguido: entenda os motivos

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,5% no trimestre até janeiro, segundo o IBGE. Informalidade recua e mercado de trabalho mantém estabilidade.
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,5% no trimestre até janeiro, segundo o IBGE. Informalidade recua e mercado de trabalho mantém estabilidade.
(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A taxa de desemprego no Brasil avançou para 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (27). Esse é o segundo aumento consecutivo, após o índice atingir 6,1% no trimestre de setembro a novembro, o menor da série histórica.

A variação da taxa de desemprego ficou abaixo das expectativas do mercado. Segundo a mediana das projeções da Reuters, analistas financeiros previam um índice de 6,6% para o período encerrado em janeiro.

Vídeo do canal Jornal da Record no YouTube.

O que explica a variação na taxa de desemprego?

Mesmo com a alta no trimestre, a comparação anual mostra evolução. Em janeiro de 2024, a taxa de desemprego estava em 7,6%, o que indica uma redução em um ano.

O mercado de trabalho tem oscilado diante de cenários macroeconômicos e setoriais. Embora a ocupação tenha apresentado variações positivas no setor formal, há ajustes sazonais e mudanças na composição do emprego, refletindo o comportamento das empresas e trabalhadores.

Informalidade recua

A taxa de informalidade – que mede o percentual de trabalhadores sem vínculo formal – caiu para 38,3%, representando 39,5 milhões de trabalhadores informais. O índice era de 38,9% no trimestre anterior e 39,0% no mesmo período de 2024.

Segundo o IBGE, a queda se deve à redução no número de trabalhadores sem carteira assinada, que agora somam 13,9 milhões, enquanto os trabalhadores por conta própria se mantiveram estáveis em 25,8 milhões.

No setor privado, o contingente de trabalhadores com carteira assinada também se manteve estável na comparação trimestral, mas registrou alta de 3,6% na comparação anual, atingindo 39,3 milhões de pessoas.

Salários seguem estáveis

O rendimento real habitual dos trabalhadores chegou a R$ 3.343 no trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025. O valor representa uma alta de 1,4% em relação ao trimestre encerrado em outubro e um crescimento de 3,7% na comparação anual.

A massa de rendimento real habitual, que soma todas as remunerações dos trabalhadores no país, atingiu R$ 339,5 bilhões, permanecendo estável no trimestre e apresentando crescimento de 6,2% em um ano, o que representa um acréscimo de R$ 19,9 bilhões.

Cenário do emprego para os próximos meses

A manutenção do emprego formal e o crescimento da massa salarial indicam um mercado de trabalho resiliente, apesar das oscilações na taxa de desemprego. Com a desaceleração da inflação e perspectivas de política monetária mais favorável, os próximos meses poderão consolidar uma tendência de estabilidade no setor.

O mercado de trabalho seguirá sendo monitorado pelo IBGE, e os dados dos próximos trimestres mostrarão se o recuo da informalidade e a recuperação da renda serão sustentáveis.

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