O Ibovespa encerrou fevereiro em queda de 2,64%, pressionado pelo avanço dos juros futuros e pelo aumento das preocupações com a inflação. Além disso, a incerteza global aumentou após um encontro conturbado entre Volodymyr Zelensky e Donald Trump, que gerou volatilidade nos mercados internacionais. No Brasil, a reação foi imediata, com diversas ações em queda do Ibovespa registrando perdas expressivas.
Entre os destaques negativos do mês, cinco papéis desvalorizaram mais de 20%: Azzas 2154 (AZZA3), Vamos (VAMO3), Braskem (BRKM5), Vivara (VIVA3) e MRV&Co (MRVE3). A combinação de fatores como mudanças na gestão, incertezas econômicas e resultados financeiros fracos contribuiu para o desempenho negativo dessas empresas.
Quais são as empresas com ações em queda no Ibovespa?
Azzas 2154 (AZZA3) – Perda de 23,87%
A Azzas 2154 liderou as ações em queda do Ibovespa, com desvalorização de 23,87%. A empresa, resultado da fusão entre Arezzo e Grupo Soma, passou por mudanças na administração, com a substituição de Ruy Kameyama. A expectativa do mercado agora se volta para o balanço da companhia, que será divulgado em 11 de março.
Vamos (VAMO3) – Queda de 21,28%
As ações da Vamos também foram afetadas, registrando perda de 21,28% no mês. A forte volatilidade do papel chamou atenção, já que a empresa vinha de uma valorização de 23,15% em janeiro. Como o cenário macroeconômico influencia diretamente o setor, a recente alta dos juros derrubou a cotação.
Braskem (BRKM5) – Recuo de 20,56%
A Braskem também figurou entre as ações em queda do Ibovespa, após divulgar um prejuízo de R$ 5,64 bilhões no último trimestre de 2024. A redução dos spreads petroquímicos no mercado global e a queda nos preços das resinas no Brasil pressionaram os resultados. Analistas destacaram que o desempenho ficou muito abaixo das projeções do mercado, o que derrubou o papel em fevereiro.
Vivara (VIVA3) – Baixa de 20,39%
A Vivara também sofreu perdas expressivas no mês. A decisão da empresa de demitir o diretor de marketing, Leonardo Bichara, sem indicar um sucessor imediato, gerou incertezas sobre a governança da companhia. A expectativa agora é pelo balanço da empresa, previsto para 18 de março, com projeção de desaceleração na receita.
MRV&Co (MRVE3) – Desvalorização de 20,04%
A MRV foi afetada pelo aumento dos juros, que pesa sobre o setor de construção civil. Além disso, os números do 4T24 vieram abaixo das expectativas, com prejuízo de R$ 153,8 milhões. A operação da subsidiária norte-americana Resia impactou principalmente o desempenho da empresa, que ainda enfrenta desafios de rentabilidade.
Outras ações em queda do Ibovespa
Além das cinco maiores baixas, outras empresas também tiveram desempenho negativo:
- Brava Energia (BRAV3): -19,71%
- Amob (AMOB3): -19,35%
- Locaweb (LWSA3): -18,45%
- Raia Drogasil (RADL3): -18,37%
- BRF (BRFS3): -18,09%
O desempenho do setor de varejo piorou, e Magazine Luiza (MGLU3) e Petz (PETZ3) recuaram 4,16% e 14,71%, respectivamente.









