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Alta dos juros: mercado reage a temores de recessão nos EUA

Estados Unidos tem aumenta nos juros
Estados Unidos tem aumenta nos juros (Imagem: Canva)

A alta dos juros impactou diretamente o mercado financeiro nesta segunda-feira, refletindo a crescente aversão ao risco dos investidores. Como resultado, as taxas dos DIs encerraram o dia em alta, contrariando a forte queda dos rendimentos dos Treasuries. Esse movimento reforça um cenário global mais desafiador, impulsionado pelos temores de recessão nos Estados Unidos.

Alta dos juros impacta mercado financeiro

A alta dos juros no Brasil influenciou diretamente as taxas do Depósito Interfinanceiro (DI), que registraram avanço em diversos vencimentos. Para janeiro de 2026, a taxa subiu para 14,775%, acima dos 14,725% registrados na sessão anterior. Da mesma forma, os contratos de janeiro de 2027 passaram de 14,583% para 14,645%. Já entre os contratos mais longos, a taxa de janeiro de 2031 alcançou 14,75%, e a de janeiro de 2033 subiu para 14,74%.

Enquanto isso, apesar da alta dos juros no Brasil, os rendimentos dos Treasuries caíram. Os investidores esperam que o Federal Reserve (Fed) possa intervir na economia dos EUA para evitar uma recessão. Como reflexo dessa expectativa, o rendimento do Treasury de dez anos caiu 9 pontos-base, atingindo 4,223%.

Trump alimenta temores de recessão

As preocupações do mercado aumentaram após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no final de semana. Em entrevista à Fox News, ele evitou comentar os possíveis impactos econômicos das tarifas comerciais impostas recentemente. Além disso, afirmou que a economia americana passará por um “período de transição”, o que intensificou o receio dos investidores.

A declaração foi interpretada pelos investidores como um sinal de que a administração Trump está disposta a aceitar uma desaceleração da atividade econômica para manter sua política comercial. Assim, a incerteza em relação aos próximos passos do governo americano elevou o nível de cautela nos mercados globais. Como consequência, a alta dos juros nos mercados emergentes se intensificou, refletindo a aversão ao risco e a busca por maior proteção no cenário internacional.

Alta dos juros e os impactos para o Brasil

No Brasil, a alta dos juros futuros reflete a preocupação com um possível impacto fiscal negativo. Caso a recessão nos EUA se concretize, o governo americano pode flexibilizar sua política monetária para estimular a economia. No entanto, essa mudança pode pressionar o câmbio e aumentar a volatilidade nos mercados emergentes, como o Brasil.

Além disso, a pesquisa do Federal Reserve de Nova York, divulgada nesta segunda-feira, apontou uma piora nas expectativas econômicas dos consumidores americanos. Apesar disso, as projeções para a inflação permaneceram relativamente estáveis, o que aumenta as incertezas sobre os próximos passos da política monetária nos EUA.

Perspectivas para os juros nos próximos meses

O mercado segue atento aos desdobramentos da economia americana e à postura do Federal Reserve diante do cenário global. Se os sinais de recessão se intensificarem, o banco central dos EUA pode adotar uma postura mais branda, reduzindo os juros para impulsionar a atividade econômica.

No Brasil, a expectativa para os juros futuros dependerá da evolução do cenário fiscal e das decisões do Fed. Como reflexo desse ambiente instável, a alta dos juros demonstra a precaução dos investidores, que acompanham de perto a política monetária americana e suas possíveis repercussões na economia global.

Por fim, a instabilidade nos mercados exige cautela. A alta dos juros no Brasil pode continuar até que haja maior clareza sobre os impactos da recessão americana na economia mundial.

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