Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Ações das Casas Bahia surpreendem com alta histórica de 30%

A imagem mostra o Baianinho, mascote das Casas Bahia para representar que as ações das Casas Bahia dispararam.
Baianinho, mascote das Casas Bahia. Foto/reprodução: Marcas Mais.

As ações das Casas Bahia (BHIA3) registraram uma forte valorização na última segunda-feira (10), liderando os ganhos na Bolsa de Valores brasileira. Durante o pregão, os papéis da varejista chegaram a disparar mais de 30%, alcançando a cotação máxima de R$4,99, antes de encerrar o dia cotados a R$4,69, uma alta de 29,92%. O movimento representa a segunda maior valorização da história da companhia, ficando atrás apenas do salto de 36,36% registrado em março de 2014.

O que impulsionou a disparada das ações das Casas Bahia?

Especialistas apontam que o aumento expressivo dos papéis da Casas Bahia está ligado a um fenômeno conhecido como short squeeze. Esse movimento ocorre quando um grande volume de investidores assume posições vendidas (apostando na queda da ação) e, diante de uma alta inesperada, são obrigados a recomprar os papéis para minimizar prejuízos, o que impulsiona ainda mais a valorização.

Relatórios da XP Investimentos indicam que o short interest das ações das Casas Bahia atingiu 24,7%, um aumento de 4,4 pontos percentuais em apenas duas semanas. Isso significa que quase um quarto das ações da varejista estavam alugadas para operações vendidas, intensificando a pressão compradora.

Além disso, o forte fluxo de compras por parte de instituições como Genial Investimentos, JPMorgan, UBS e BTG Pactual contribuiu para a valorização dos papéis. Esses players foram responsáveis por um volume expressivo de negociações, elevando o giro financeiro para R$110,6 milhões, quase o dobro do registrado na semana anterior.

Aprenda a calcular o total de ações abaixo:

Impacto da queda dos juros futuros no varejo

Outro fator que favoreceu a alta das ações das Casas Bahia foi a recente queda dos juros futuros, impulsionada pelo resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que cresceu 0,2% no quarto trimestre de 2024. Com um cenário de desaceleração econômica e uma Selic elevada, aumentam as expectativas de que o Banco Central possa reduzir o ritmo dos ajustes monetários. Isso tende a beneficiar o setor de varejo, que depende de condições de crédito mais favoráveis para o consumo.

Empresas como Magazine Luiza (MGLU3) e Assaí (ASAI3) também registraram ganhos expressivos no pregão desta segunda-feira, refletindo a tendência positiva para o segmento.

Expectativa pelo balanço das Casas Bahia

No acumulado dos primeiros dias de março, as ações das Casas Bahia já somam uma valorização de 81,89%. Contudo, no recorte de 12 meses, os papéis ainda registram uma queda de 40,81%, demonstrando a volatilidade do mercado que tem marcado a trajetória recente da varejista brasileira.

A disparada das ações das Casas Bahia é reflexo de uma combinação de fatores técnicos, como o short squeeze, além do otimismo gerado pela queda dos juros futuros e pela expectativa do balanço da companhia. No entanto, analistas financeiros alertam que movimentos impulsionados por esses fatores costumam ser voláteis, podendo resultar em correções de preços nos próximos dias.

Os investidores da Bolsa devem acompanhar de perto os resultados financeiros da Casas Bahia e os desdobramentos do cenário macroeconômico, avaliando as perspectivas da empresa de varejo no longo prazo.

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas