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Tarifas sobre Aço: Governo Lula pede adiamento da taxa aos EUA

Governo brasileir pede adiamento em tarifas sobre aço dos EUA.
Governo brasileir pede adiamento em tarifas sobre aço dos EUA (Imagem: Canva)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu aos Estados Unidos o adiamento da tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio do Brasil, que entrará em vigor nesta quarta-feira. A equipe econômica tenta ganhar tempo para negociar e evitar prejuízos às exportações brasileiras.

Brasil pressiona para evitar impactos das tarifas sobre aço

Durante reunião com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e o representante comercial americano, Jamieson Greer, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reforçou a necessidade de adiar a medida. O Brasil busca postergar o prazo por pelo menos um mês para viabilizar um acordo diplomático e evitar que as tarifas sobre aço prejudiquem a economia brasileira.

O governo brasileiro argumenta que as exportações de produtos siderúrgicos não afetam negativamente a indústria americana. Pelo contrário, o aço brasileiro compõe uma parte essencial da matéria-prima utilizada por empresas dos Estados Unidos. Além disso, a equipe de Lula alerta que a nova tarifa sobre aço elevará custos para o setor industrial americano, comprometendo sua competitividade.

Negociações bilaterais e impactos das tarifas sobre aço no setor siderúrgico

As conversas entre Brasil e EUA começaram na semana passada, quando Alckmin se encontrou com autoridades americanas. Agora, reuniões técnicas bilaterais avançam na tentativa de reverter a decisão. No entanto, Washington ainda não confirmou se aceitará o pedido brasileiro.

O setor siderúrgico enxerga a medida com preocupação, pois o Brasil exportou US$ 2,5 bilhões em produtos siderúrgicos para os Estados Unidos em 2023. O país se mantém entre os principais fornecedores de aço semiacabado para o mercado americano, desempenhando um papel estratégico na cadeia produtiva. Caso as tarifas sobre aço sejam mantidas, a competitividade das exportações brasileiras poderá ser afetada.

Outros produtos brasileiros também correm risco de novas tarifas

Além do aço, o governo Trump analisa ajustes tarifários para açúcar e etanol. A Casa Branca indicou que bens com imposto de importação maior que o dos EUA poderão sofrer aumentos nas alíquotas.

No caso do etanol, o Brasil impõe uma tarifa de 18%, enquanto nos EUA a alíquota é de apenas 2,5%. O setor afirma que as exportações brasileiras de etanol são mínimas e não ameaçam a produção local americana, baseada no milho. Já o açúcar, atualmente taxado em 14%, terá sua tarifa zerada pelo governo Lula, buscando evitar um possível aumento nos impostos aplicados pelos EUA.

Expectativas para as próximas decisões sobre as tarifas sobre aço

O governo brasileiro segue pressionando para que as tarifas sobre aço sejam revistas. Enquanto isso, a indústria nacional monitora de perto as decisões de Washington. Caso um acordo não aconteça, as exportações brasileiras podem enfrentar dificuldades, intensificando os desafios para o setor siderúrgico. Nos próximos dias, os EUA devem se posicionar sobre o pedido de adiamento feito por Alckmin.

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