Ibovespa em alta encerrou a sessão desta quarta-feira (13) com um avanço de 0,29%, alcançando 123.863,50 pontos. O índice reagiu ao longo do dia após operar com oscilações dentro de uma margem de pouco mais de mil pontos. A máxima registrada foi 124.048,45 pontos, enquanto a mínima chegou a 122.969,29 pontos. Esse movimento ocorreu em um pregão marcado pela divulgação de dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, além do vencimento de opções sobre o índice, o que contribuiu para um volume financeiro robusto de R$ 36,1 bilhões.
Inflação no Brasil e nos EUA impacta os mercados e o Ibovespa em alta
Os investidores acompanharam atentamente os novos dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos Estados Unidos, que vieram abaixo das expectativas do mercado. Apesar desse alívio momentâneo para os investidores globais, no Brasil o IPCA registrou aceleração, superando as projeções. Esse cenário trouxe dúvidas sobre os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom), que se prepara para decidir sobre a taxa básica de juros na reunião da próxima semana.
Mesmo com a inflação pressionando, o Ibovespa em alta reflete um cenário misto entre otimismo e cautela. Os investidores seguem avaliando o comportamento dos preços ao consumidor e o impacto dessas oscilações na política monetária do Brasil e dos EUA.
Setores e ações em destaque
Entre as ações de maior peso no índice, o dia foi predominantemente negativo. No entanto, Petrobras ON subiu 0,36%, acompanhando o avanço de 2% nos preços do petróleo em Nova York e Londres. Já Vale ON, que na véspera havia impulsionado o índice, recuou 1,25%, impactada por um ajuste no mercado de commodities. No setor financeiro, os grandes bancos oscilaram ao longo do dia, mas Santander Unit (+0,12%), Itaú PN (+0,31%) e Bradesco ON (+0,48%) conseguiram fechar em território positivo.
Na ponta vencedora do Ibovespa em alta, RDSaúde disparou 5,03%, seguida por Minerva (+4,26%) e Cogna (+4,24%). Já entre as maiores quedas, Azzas despencou 13,39%, influenciada pelo seu balanço trimestral, que apresentou uma queda de 38,5% no lucro. Braskem (-4,02%) e Automob (-3,85%) também figuraram entre as principais baixas do dia.
Perspectivas para o Ibovespa nos próximos dias
A valorização do Ibovespa em alta foi influenciada pelo otimismo gerado pela queda da inflação nos Estados Unidos. No entanto, os investidores seguem cautelosos devido às incertezas sobre o protecionismo econômico de Donald Trump. A política comercial dos EUA pode impactar o crescimento global e afetar diretamente o desempenho de diversos setores da economia brasileira.
Além disso, a expectativa de um novo ajuste na taxa Selic adiciona mais um fator de atenção ao mercado. Segundo analistas, o Banco Central pode elevar os juros para até 15% ao final do ciclo, o que reduziria o apetite por ativos de risco. Dessa forma, o desempenho da bolsa nos próximos dias dependerá da postura do Copom e das sinalizações do Federal Reserve sobre a economia americana.