Governo deve aumentar etanol na gasolina e barateá-la. O governo federal planeja aumentar a proporção de etanol anidro na gasolina, passando dos atuais 27,5% para 30% ainda em 2025. A medida, que está sendo estudada pelo Ministério de Minas e Energia, pode reduzir o preço da gasolina em até R$ 0,13 por litro, segundo estimativas oficiais. Assim, o objetivo é aliviar a inflação e fortalecer a indústria nacional do etanol, reduzindo a dependência da gasolina importada.
Como o aumento do etanol pode baratear a gasolina?
A gasolina vendida nos postos do Brasil já possui etanol anidro misturado, o que ajuda a reduzir custos e diminuir a emissão de poluentes. Dessa forma, com a nova regra, o percentual de etanol subirá para 30%, aumentando a participação de um combustível produzido internamente e reduzindo a necessidade de importação de gasolina pura, que tem preços atrelados ao mercado internacional.
O etanol anidro tem um custo menor do que a gasolina refinada, e sua maior presença no combustível final pode aliviar o preço pago pelo consumidor. Além disso, essa medida favorece o setor sucroalcooleiro, incentivando a produção nacional e gerando impactos positivos na economia.
Governo Lula propõe aumento de etanol na gasolina a 30%: Entenda a proposta
Para entender mais sobre a proposta do governo Lula de aumentar a mistura de etanol na gasolina, assista ao vídeo abaixo, onde o ministro de Minas e Energia explica os detalhes do plano e os benefícios esperados com essa medida para a economia e o consumidor.
Impactos para o consumidor e a economia
Caso a medida entre em vigor, os principais efeitos esperados são:
- Redução no preço da gasolina: A estimativa do governo aponta que o litro do combustível pode ficar até R$ 0,13 mais barato.
- Menor dependência da gasolina importada: Com mais etanol na mistura, o Brasil poderá reduzir a necessidade de compra de gasolina refinada do exterior.
- Impacto na inflação: Uma vez que a gasolina tem um peso importante no custo de transporte e produção de bens, sua queda pode ajudar a conter a alta dos preços.
- Influência no consumo: Assim, com preços mais acessíveis, a demanda por gasolina pode aumentar, o que pode equilibrar os efeitos da redução de custo no médio prazo.
Desafios e preocupações com a mudança
Apesar dos benefícios esperados, especialistas apontam alguns desafios:
- Efeito no desempenho dos veículos: Carros mais antigos ou que não são flex podem ter alterações na eficiência do motor com a maior quantidade de etanol na mistura.
- Variação no preço do etanol: Além disso, se a demanda pelo etanol anidro crescer muito, o valor do produto pode subir, reduzindo o impacto esperado na queda da gasolina.
- Necessidade de ajustes na produção: Ademais, o setor sucroalcooleiro precisará garantir oferta suficiente para atender à nova demanda sem provocar alta nos preços.
Próximos passos e previsão de implementação
O governo federal ainda precisa formalizar a mudança por meio do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O ministro de Minas e Energia afirmou que a proposta deve ser analisada nos próximos meses. Dessa forma, a expectativa é que o novo percentual de etanol entre em vigor ainda em 2025.
Por fim, a medida faz parte de um conjunto de estratégias para reduzir a pressão da inflação e fortalecer a produção nacional de biocombustíveis. Ou seja, caso aprovada, essa mudança poderá trazer alívio para o bolso dos consumidores e impulsionar a indústria do etanol no Brasil.