A Brava Energia reportou um prejuízo líquido de R$1,02 bilhão no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$474,7 milhões registrado no mesmo período de 2023. O resultado ficou abaixo das projeções do mercado, que esperava um prejuízo de R$401 milhões, segundo consenso da Bloomberg.
De acordo com a Brava Energia, o desempenho foi impactado principalmente pela desvalorização cambial, um evento de natureza contábil sem efeito no caixa. A companhia, fruto da fusão entre a 3R Petroleum e Enauta, também enfrentou interrupções na produção nos campos de petróleo de Atlanta e Papa-Terra ao longo de 2024, que já foram retomadas.
Indicadores Financeiros do 4T24
- Receita líquida: R$1,95 bilhão (-14,3% a/a)
- Ebitda ajustado: R$505,2 milhões (-41% a/a)
- Margem Ebitda ajustada: 25,9% (-11,7 p.p. a/a)
- Prejuízo acumulado em 2024: R$1,02 bilhão
Impactos operacionais e contábeis
A performance operacional da Brava Energia foi afetada por eventos não recorrentes e ajustes contábeis. O impacto cambial reduziu o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado), que caiu 41% no trimestre, totalizando R$505,2 milhões. A margem Ebitda ajustada também sofreu queda, atingindo 25,9%.
Apesar do prejuízo contábil, a receita líquida consolidada da Brava Energia alcançou R$1,95 bilhão, refletindo um recuo de 14,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi influenciado por uma menor produção nos campos offshore e ajustes estratégicos para otimização de custos.
Veja os planos de desinvestimentos da Brava Energia:
Projeções e estratégias da Brava Energia para 2025
A Brava mantém uma visão otimista para 2025, focada na retomada da produção de petróleo, ampliação dos investimentos no setor e eficiência operacional. A empresa busca fortalecer sua estratégia de crescimento e aumentar a rentabilidade, apesar dos desafios macroeconômicos e da volatilidade do mercado de energia.
Os investidores seguem atentos à capacidade da Brava Energia de equilibrar crescimento e sustentabilidade financeira, especialmente diante das oscilações cambiais e das exigências regulatórias do setor de petróleo. A performance operacional e os desdobramentos das iniciativas estratégicas serão fatores determinantes para o desempenho da companhia nos próximos trimestres.