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Greve CPTM: entenda o impacto da paralisação nas linhas de São Paulo

A greve da CPTM começou nesta quarta-feira (26/3) e afeta diretamente 830 mil passageiros por dia. O movimento, motivado pela privatização das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, promete se estender até o cancelamento do leilão previsto para sexta-feira (28/3). A paralisação compromete o transporte na Grande São Paulo, impactando a mobilidade urbana e gerando transtornos para trabalhadores e estudantes. O governo paulista defende que a concessão trará melhorias, com investimentos de R$ 14,3 bilhões, mas os ferroviários temem demissões e precarização dos serviços.
A imagem mostra uma estação de trem para representar a greve da CPTM.
Greve da CPTM paralisa SP e impacta milhares de passageiros. Foto: Portal CPTM

greve da CPTM deve afetar cerca de 830 mil passageiros por dia, que utilizam as 30 estações dessas linhas para deslocamento entre a região central de São Paulo e as cidades de Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos. De acordo com dados da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a linha 11-Coral transporta aproximadamente 540 mil passageiros diariamente. A linha 12-Safira atende 260 mil, e a linha 13-Jade, que liga a capital ao Aeroporto de Guarulhos, recebe 30 mil passageiros por dia.

paralisação dos trens metropolitanos também afeta o fluxo nas estações de conexão com o metrô de São Paulo, como Brás, Luz e Tatuapé. Isso tem gerado sobrecarga em outras linhas do transporte público, como ônibus intermunicipais e o próprio metrô, exigindo que os usuários busquem alternativas de transporte durante a paralisação.

Motivos da greve da CPTM

O principal motivo da mobilização dos trabalhadores da CPTM é a oposição à concessão das linhas da CPTM ao setor privado. O governo do estado de São Paulo, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), defende que a privatização trará investimentos na modernização da infraestrutura ferroviária e na melhoria dos serviços prestados aos passageiros. Está previsto um investimento de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos, com a construção de oito novas estações e reformas em 24 estações existentes.

Por outro lado, os sindicatos apontam que a privatização afeta os serviços da CPTM de forma negativa. A categoria teme demissões em massa, piora nas condições de trabalho e tarifas mais altas para os passageiros. O protesto contra a privatização da CPTM ganhou força entre os ferroviários, que exigem um compromisso formal do governo para cancelar o leilão. Caso contrário, a paralisação seguirá por tempo indeterminado.

Antes da atual paralisação, os ferroviários já haviam organizado uma série de manifestações, incluindo um ato público na B3, para pressionar o governo estadual. Esse contexto se insere no histórico de greves na CPTM, que ao longo dos anos tem sido marcado por conflitos relacionados a condições de trabalho e privatizações.

Linhas afetadas e impacto da greve nos passageiros

As linhas afetadas pela greve da CPTM incluem as três que estão em processo de concessão: 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade. O impacto da greve nos passageiros é amplo, atingindo não apenas quem depende diretamente dessas linhas, mas também os demais modais de transporte, que registram superlotação.

Durante esse período, os direitos dos usuários durante a greve são tema de debate, principalmente quanto à oferta de transporte alternativo e à possibilidade de reembolso ou compensações. Muitos passageiros têm recorrido a aplicativos de transporte, caronas e ônibus fretados, o que evidencia a importância de discutir as alternativas de transporte durante a paralisação.

Conheça melhor a CPTM no vídeo abaixo:

Negociações e reações

As negociações entre ferroviários e governo ainda não avançaram significativamente. O governo estadual segue firme na defesa da concessão, enquanto os sindicatos pedem a suspensão imediata do leilão. A reação do governo à greve da CPTM tem sido de garantir serviços mínimos e buscar apoio jurídico para limitar os efeitos da paralisação.

Além disso, o calendário de greves no transporte público tem preocupado a população, já que novas mobilizações podem ocorrer, dependendo dos desdobramentos políticos e sindicais.

As reivindicações dos ferroviários incluem não só o fim da privatização, mas também melhorias salariais, estabilidade no emprego e participação ativa nos processos de decisão sobre o futuro da CPTM.

Enquanto não há acordo, a população que depende do sistema ferroviário para seus deslocamentos diários continua enfrentando dificuldades, pressionando o governo a buscar uma solução rápida e eficaz.

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