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Boa Safra enfrenta desafios e vê lucro despencar no 4º tri

A Boa Safra (SOJA3) registrou lucro líquido de R$ 80,26 milhões no quarto trimestre de 2024, uma queda de 62,7% em relação ao mesmo período de 2023. A retração foi impulsionada por condições climáticas adversas, menor rentabilidade e aumento da carga tributária. O Ebitda ajustado caiu 7,36%, enquanto a receita líquida cresceu 13,78%, alcançando R$ 957 milhões. Apesar do cenário desafiador, a empresa aposta na diversificação de produtos e na ampliação da capacidade produtiva para 2025.
A imagem mostra uma lavoura para representar a Boa Safra.
Boa Safra enfrenta desafios e vê lucro despencar no 4º tri. Foto: Canva.

A Boa Safra (SOJA3), uma das principais produtoras de sementes de soja do Brasil, reportou um lucro líquido de R$ 80,26 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24). Uma queda expressiva de 62,68% em relação ao mesmo período de 2023. O recuo reflete os desafios enfrentados pela companhia, incluindo impactos climáticos, mudanças no mix de produtos e uma maior carga tributária.

Apesar do declínio no lucro, a receita líquida da Boa Safra apresentou um crescimento de 13,78%, totalizando R$ 957 milhões no trimestre. Esse avanço foi impulsionado pela concentração de vendas no final do ano, estratégia que ajudou a compensar parcialmente as adversidades enfrentadas pelo setor.

Queda no lucro da Boa Safra e impacto no Ebitda

No acumulado de 2024, a Boa Safra registrou um lucro líquido de R$ 160,51 milhões, representando uma queda de 53,47% em relação a 2023. O Ebitda ajustado da companhia também apresentou retração, caindo 7,36% no trimestre e 35,45% no ano. Totalizando R$ 131,4 milhões no 4T24 e R$ 183,3 milhões no consolidado do ano.

A margem operacional da empresa ficou em 9,96%, abaixo dos 13,66% registrados em 2023. O que evidencia uma menor rentabilidade em meio ao cenário desafiador do setor agrícola. A Boa Safra atribuiu esse resultado à queda na produtividade agrícola devido à seca no início do plantio e ao excesso de chuvas na colheita.

Redução no volume de vendas e participação de mercado

A Boa Safra comercializou 161 mil sacas industriais de sementes em 2024, uma redução de 4% em relação ao ano anterior. Com isso, sua participação de mercado caiu de 8,5% para 8%, especialmente em estados como Mato Grosso, Goiás e Pará. Mesmo com a redução no volume, a companhia investiu na diversificação. Aumentando a fatia de sementes tratadas e expandindo a atuação em outras culturas, como feijão, cujas vendas cresceram 64%.

Veja a entrevista com o CEO da Boa Safra sobre os resultados do 4º trimestre:

Expansão da Boa Safra

Apesar dos desafios, a Boa Safra segue investindo em infraestrutura e crescimento. A empresa inaugurou dois novos centros de distribuição em Mato Grosso e ampliou suas unidades industriais em Minas Gerais. Para 2025, a expectativa é elevar a capacidade produtiva para 280 mil sacas industriais, um crescimento de 16% sobre o volume de 2024.

Além disso, a empresa contratou 274 mil hectares de área de plantio junto a produtores parceiros, um aumento de 20% na comparação anual. Esse movimento faz parte da estratégia da companhia para mitigar riscos climáticos e melhorar a eficiência operacional.

A Boa Safra encerrou 2024 com R$ 171,2 milhões em caixa e uma dívida bruta de R$ 414 milhões. Para reforçar sua estrutura de capital, a empresa captou R$ 500 milhões por meio da emissão de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Esse é um instrumento utilizado para antecipar receitas futuras e otimizar o fluxo de caixa.

Perspectivas para o futuro

Mesmo diante das dificuldades enfrentadas, a Boa Safra mantém sua projeção de expansão no setor agrícola. O foco da companhia para os próximos anos será a otimização de custos, ampliação da produção e diversificação de portfólio. Na tentativa de mitigar oscilações no mercado de sementes.

O cenário para 2025 ainda é desafiador, mas a Boa Safra segue implementando ações para fortalecer sua competitividade e consolidar sua posição entre os principais players do setor de sementes no Brasil.

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