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Casas Bahia surpreende: ações disparam mais de 200% e viram destaque

As ações da Casas Bahia (BHIA3) triplicaram de valor em 2025, impulsionadas por um fenômeno de short squeeze, entrada de novos investidores e reestruturação financeira. A melhora nos resultados e a queda nas expectativas de juros ajudaram a fortalecer a recuperação da varejista, tornando seus papéis destaque no mercado.
A imagem mostra a fachada de uma das unidades das Casas Bahia.
Casas Bahia surpreende: ações disparam mais de 200% e viram destaque. Foto: Wikipédia.

As ações do Grupo Casas Bahia (BHIA3) seguem em forte valorização ao longo de 2025, registrando um impressionante salto de 235% no acumulado do ano. Apenas no mês de março, os papéis da companhia subiram 265%, passando de R$ 2,65 para R$ 9,68. O avanço colocou os ativos da varejista no radar de investidores e analistas, impulsionado por uma combinação de fatores técnicos e macroeconômicos.

Fatores que impulsionaram a alta das ações das Casas Bahia

Um dos principais motores para essa escalada foi o chamado short squeeze, um fenômeno em que investidores que apostam na queda de uma ação são forçados a recomprar os papéis para limitar prejuízos, elevando ainda mais os preços. Esse efeito foi intensificado pelo alto volume de ações alugadas em circulação, que chegou a representar 25% do total negociado.

Outro fator relevante foi a entrada do investidor Rafael Ferri no capital da empresa. Em meados de março, ele alcançou uma participação de 5,11% na Casas Bahia, o que sinalizou ao mercado um possível ponto de inflexão. O movimento atraiu outros investidores, gerando um ciclo de compras especulativas conhecido como FOMO (Fear of Missing Out), ou o medo de ficar de fora de uma grande oportunidade de investimento.

Veja mais detalhes abaixo:

Desempenho financeiro e perspectivas

A forte valorização das ações ocorre em um momento de reestruturação da companhia. No quarto trimestre de 2024, a Casas Bahia registrou uma redução de 54,8% no prejuízo, para R$ 452 milhões, e um crescimento de 7,6% na receita líquida, que atingiu R$ 7,98 bilhões. O destaque ficou para o Ebitda ajustado, que quadruplicou em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 640 milhões.

Apesar dos avanços, a companhia ainda enfrenta desafios. A queda de 10% no GMV (Volume Bruto de Mercadorias) do e-commerce foi um ponto negativo, embora tenha sido compensada pelo crescimento de 16% nas lojas físicas e de 24% no marketplace. Além disso, a empresa continua lidando com um alto endividamento e um cenário de juros elevados, o que exige um foco na geração de caixa e na eficiência operacional.

Cenário macroeconômico favorável

O movimento de alta das ações também se beneficiou da queda nas expectativas de juros futuros. A recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que a autoridade monetária continuará monitorando a inflação, mas sinalizou um possível alívio na política de juros. Essa mudança favorece o setor varejista, que depende de condições de crédito mais brandas para impulsionar as vendas e financiar suas operações.

Além disso, a Casas Bahia tem se adaptado ao novo cenário econômico, investindo em inovação tecnológica e melhorando sua eficiência logística. A digitalização dos processos e a expansão do e-commerce são estratégias fundamentais para manter a competitividade da rede varejista.

A tríplice valorização das ações da Casas Bahia em 2025 é um reflexo de fatores combinados, incluindo dinâmicas de mercado como o short squeeze, participação de grandes investidores e reações a fundamentos da empresa. Embora ainda haja desafios a serem superados, a melhora nos resultados financeiros e um cenário macroeconômico mais favorável podem contribuir para a consolidação dessa recuperação ao longo do ano.

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