O Itaú Unibanco pede ressarcimento de pareceres contábeis. O Banco ingressou com uma nova ação judicial contra seu ex-vice-presidente financeiro, Alexsandro Broedel, e o contador Eliseu Martins. O banco exige o ressarcimento de R$ 6,645 bilhões. O Itaú alega que os valores referem-se a pagamentos indevidos por pareceres contábeis que não teriam sido entregues. O que tem intensificado a disputa jurídica entre a instituição e os ex-colaboradores.
Litígio em andamento
Itaú pede ressarcimento e essa não é a primeira ação movida pela empresa contra os envolvidos. Em janeiro deste ano, o banco já havia solicitado a restituição de R$ 3,350 milhões, que, segundo a petição, foram transferidos de forma irregular de Martins para Broedel. Agora, a nova acusação sugere que o ex-diretor financeiro aprovou o pagamento de 40 pareceres contábeis, dos quais apenas 18 foram comprovadamente localizados.
Dentre os documentos não encontrados, Martins teria admitido que pelo menos quatro nunca foram produzidos, comprometendo-se a devolver R$ 1,5 milhão. O Itaú, no entanto, afirma que esse valor ainda não foi restituído. Além disso, o banco questiona a validade dos materiais entregues, alegando que se tratam de documentos genéricos e sem valor técnico condizente com os pagamentos efetuados.
Possível esquema interno
O Itaú pede ressarcimento e sustenta que existia um suposto esquema de pagamentos irregulares entre Broedel e Martins. Segundo a ação, Broedel teria autorizado os pagamentos ao contador e, em troca, recebido 40% dos valores transferidos. Um dos episódios citados no processo aponta que um parecer sobre juros sobre capital próprio teria sido redigido pelo próprio Broedel e apenas revisado por Martins. Isso indicaria uma tentativa de justificar o contrato de prestação de serviços.
Veja no vídeo abaixo mais detalhes sobre a solicitação do Itaú:
Itaú pede ressarcimento, veja defesas e posicionamentos
Diante das acusações, Eliseu Martins se manifestou. Ele afirma que o processo judicial representa um ataque injusto e que os serviços prestados eram de conhecimento da instituição financeira. Segundo ele, desde novembro de 2024, aguarda retorno do Itaú para formalizar a devolução de parte dos valores.
Por sua vez, Alexsandro Broedel também negou irregularidades. Também reforçou que as consultorias contratadas por Martins foram realizadas antes de sua entrada na diretoria executiva do banco e que os serviços eram conhecidos internamente. Além disso, questionou o momento das acusações, que surgiram logo após sua saída para assumir um cargo global no Santander, na Espanha.
Impacto e desdobramentos
Itaú pede ressarcimento e com essa nova ação, a disputa judicial entre o Itaú, seu ex-diretor financeiro e o contador já soma três processos. O caso levanta questões sobre governança corporativa, fiscalização interna e compliance na gestão financeira de grandes instituições bancárias. O Itaú segue firme na tentativa de recuperar os valores que alega terem sido pagos de forma indevida, enquanto os acusados tentam se defender e evitar maiores implicações legais.
O desdobramento desse litígio pode gerar reflexos na transparência e credibilidade das práticas contábeis dentro das instituições financeiras, além de afetar a reputação dos envolvidos no caso.









