A carga tributária do Brasil subiu para 32,32% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, segundo prévia divulgada pelo Tesouro Nacional. Em 2023, o índice foi de 30,26%, o que representa aumento de 2,06 pontos percentuais no peso dos tributos sobre a economia.
Esse crescimento foi impulsionado por diversos fatores, como o avanço da atividade econômica, a reoneração de combustíveis e mudanças legislativas. A arrecadação de carga tributária de tributos como Cofins, PIS e IPI cresceu com a valorização do dólar, que elevou os preços de importados.
Alta da carga tributária impacta todos os níveis de governo
A alta da carga tributária também veio da tributação de fundos exclusivos e de offshores, que passaram a ser taxadas no fim de 2023. Isso elevou a arrecadação do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), com impacto direto nas contas públicas.
Nos estados, o destaque foi o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que cresceu com o fim da desoneração sobre combustíveis e com o aumento no consumo. Nos municípios, o ISS (Imposto sobre Serviços) subiu 0,09 ponto percentual do PIB, refletindo o avanço no setor de serviços. O IPVA também contribuiu para o aumento da receita da carga tributária nos estados.
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Segundo o Tesouro Nacional, a arrecadação total de carga tributária sobre bens e serviços passou de 12,54% para 13,91% do PIB. Os tributos sobre renda, lucros e ganhos de capital alcançaram 9,09%. Já os impostos sobre a folha de pagamento e mão de obra caíram levemente, enquanto a contribuição para a Previdência Social puxou o aumento das contribuições sociais.
Os dados ainda são preliminares. O número oficial da carga tributária será divulgado pela Receita Federal no segundo semestre. Enquanto isso, os analistas seguem atentos aos efeitos da política fiscal e às pressões para uma reforma tributária mais equilibrada.