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Reajuste de Medicamentos em 2025: menor índice em oito anos

Reajuste de Medicamentos em 2025: Menor Índice em Oito Anos
Reajuste foi o menor em 8 anos. Fonte: pexels.

Em 2025, o reajuste autorizado para os preços de medicamentos no Brasil será de 3,83%, o menor desde 2018. Esse aumento não alcança a inflação acumulada de 5,06% e impacta diretamente a rentabilidade das redes de farmácias e as estratégias de precificação farmacêutica. A medida foi anunciada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e tem gerado discussões, principalmente sobre seus impactos no mercado financeiro e na competitividade do setor farmacêutico.

O Impacto do Reajuste de Medicamentos no Mercado Financeiro

O reajuste de 3,83% para 2025 é a média ponderada que a CMED autorizou, com variações entre 2,60% e 5,06%, dependendo da concorrência no mercado farmacêutico de cada medicamento. Para os medicamentos com maior concorrência, o ajuste será de 5,06%, enquanto os produtos com pouca ou nenhuma concorrência terão um reajuste de apenas 2,60%. Esse índice, embora represente um alívio para o bolso do consumidor, é considerado abaixo das expectativas da indústria farmacêutica, que previa um aumento de 4,5%.

O Que Define o Reajuste de Medicamentos?

A legislação brasileira estabelece que o preço dos medicamentos no país seja regulado pela CMED, com limites anuais de reajuste. O sistema busca equilibrar a compensação dos fabricantes com o controle para evitar aumentos abusivos. A CMED estabelece três níveis de reajuste conforme a concentração de mercado:

  • Nível 1: Medicamentos com concorrência têm um reajuste de até 5,06%.
  • Nível 2: Medicamentos com média concorrência têm um reajuste de 3,83%.
  • Nível 3: Medicamentos com pouca ou nenhuma concorrência têm um ajuste de 2,60%.

Desafios para a Indústria

O reajuste abaixo do esperado, portanto, gerou preocupações entre os fabricantes, que alertam para os desafios financeiros que o setor pode enfrentar. Além disso, a indústria farmacêutica, em grande parte é dependente da importação de matérias-primas, enfrenta custos elevados, principalmente em dólares. Esse aumento nas despesas com insumos farmacêuticos ativos (IFAs), que representam 95% do que é utilizado na fabricação de medicamentos, limita a capacidade de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e ampliação da produção.

O impacto do reajuste no mercado financeiro é sentido em termos de rentabilidade e análise de mercado farmacêutico das empresas do setor. Para os investidores, o reajuste reflete diretamente na margem de lucro das indústrias farmacêuticas, o que influencia a avaliação das oportunidades de investimento.

O governo brasileiro intensifica esforços para reduzir a dependência de insumos externos, especialmente por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que fortalece o Complexo Econômico-Industrial da Saúde. No entanto, tornar a produção mais autossustentável exige mais investimentos e ações coordenadas.

O reajuste de medicamentos de 2025 alivia momentaneamente os consumidores, mas levanta questões sobre o equilíbrio entre o controle de preços e o fomento à inovação e competitividade do setor farmacêutico no Brasil. Ademais, a política de preços de medicamentos, alinhada às estratégias de investimentos no setor farmacêutico, definirá o futuro do mercado. Você pode consultar a lista completa dos medicamentos aqui.

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