As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e de outras companhias do setor de petróleo e gás recuaram fortemente nesta quinta-feira (3), após a queda do preço do petróleo no mercado internacional. O movimento também atingiu a Brava Energia (BRAV3), que liderou as perdas no Ibovespa, com desvalorização superior a 10%.
A baixa está associada à decisão da Opep+ de elevar a produção a partir de maio, somada à pressão das novas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos. O preço do barril de Brent, referência internacional, caiu mais de 6%, influenciando diretamente o desempenho das commodities e a capitalização de mercado das petroleiras.
Brava e Petrobras em destaque nas quedas do Ibovespa
Por volta de 11h50, as ações da BRAV3 caíam 10,31%, cotadas a R$ 20,35. Já os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) recuavam 3,17%, a R$ 36,02, enquanto as ações ordinárias PETR3 registravam queda de 3,48%, sendo negociadas a R$ 39,40.
Empresas como Prio (PRIO3) e PetroReconcavo (RECV3) também foram afetadas, em um cenário de volatilidade acentuada e oscilação de mercado. A B3, que abriga essas negociações, refletiu o humor global, mesmo com a bolsa brasileira operando em desacordo com algumas praças internacionais.
Impacto global e reação de investidores
A queda nos preços do petróleo ocorreu em um ambiente de deterioração das perspectivas econômicas globais e aumento da aversão ao risco. O anúncio do aumento de produção da Opep+ e o plano tarifário dos EUA pressionaram os preços das commodities, provocando reações negativas entre os investidores institucionais.
A situação exige atenção de quem acompanha o mercado, seja por análise técnica ou por estratégias de longo prazo focadas em dividendos. Apesar da pressão, analistas avaliam que há espaço para recuperação diante da resiliência do setor e possíveis ajustes nas políticas de produção.
Veja no vídeo abaixo mais detalhes sobre as ações da Petrobras e o impacto no preço do diesel:
Setor de petróleo e gás segue no radar
As movimentações do dia refletem a sensibilidade do mercado às mudanças nos fundamentos do setor. Em tempos de incertezas, o papel da infraestrutura energética, o equilíbrio entre oferta e demanda e as decisões geopolíticas podem definir o ritmo do setor de petróleo e gás.
Com isso, tanto empresas como a Petrobras quanto companhias emergentes como a Brava Energia permanecem sob análise dos agentes financeiros. O comportamento das ações no curto prazo pode oferecer oportunidades ou exigir cautela, conforme evoluam os fatores externos e internos.