A China anunciou que vai ampliar as tarifas de importação aplicadas aos produtos norte-americanos para 84% a partir da próxima quinta-feira (10). A medida, que foi anunciada pelo Ministério das Finanças nesta quarta-feira (9), eleva a alíquota anterior, que era de 34% e representa uma nova fase da guerra comercial China-EUA.
Retaliação econômica amplia disputa comercial entre as potências
Essa nova retaliação econômica com as tarifas de importação da China ocorre em resposta às medidas tarifárias adotadas pelos Estados Unidos. A China declarou que a decisão norte-americana “infringe seriamente os direitos legítimos” do país. A imposição das novas tarifas de retaliação faz parte de um conjunto de ações previstas nas negociações comerciais internacionais.
Com a mudança, os produtos afetados incluem itens do setor agrícola norte-americano e do setor manufatureiro dos EUA. Itens como a soja e o milho – considerados produtos agrícolas tarifados – tendem a enfrentar obstáculos ainda maiores para entrar no mercado chinês, o que pode impactar as exportações dos EUA e ampliar o já elevado déficit comercial dos EUA.
Veja no vídeo abaixo mais detalhes das tarifas de importação:
Impactos se espalham pelo mercado e economia global após tarifas de importação
As tarifas de importação devem afetar diretamente o comércio bilateral e gerar reflexos no cenário mais amplo da economia global. O possível encarecimento de diversos produtos pode influenciar as decisões de compra, os investimentos e o consumo em geral. Você já se perguntou como uma decisão internacional pode interferir no seu dia a dia ou nos seus investimentos?
Especialistas alertam para o impacto no mercado financeiro das tarifas de importação, que com essa maior volatilidade nas bolsas e revisão de projeções econômicas. A política comercial dos EUA, marcada por decisões protecionistas, pode ser analisada à luz das diretrizes da Organização Mundial do Comércio (OMC), responsável por mediar disputas comerciais.