O dólar cai 1% nesta sexta-feira (11) frente ao real, após o anúncio da China de aumento das tarifas sobre produtos dos Estados Unidos. A medida amplia a retaliação comercial no contexto da guerra comercial EUA-China, pressionando a taxa de câmbio e elevando a volatilidade do mercado. O cenário global incerto interfere diretamente na cotação do dólar, com reflexos imediatos no mercado financeiro internacional.
Às 9h38, o dólar era negociado a R$ 5,8240, após atingir a máxima de R$ 5,8878. Na véspera, havia fechado em R$ 5,8990.
Dólar cai 1% com tarifas e tensão geopolítica
A informação de que o dólar cai 1% veio acompanhada da notícia de que a China elevou suas tarifas de 84% para 125% contra produtos dos EUA. A medida intensifica o clima da guerra comercial EUA-China, um dos principais fatores de instabilidade no mercado de câmbio. A influência da China no mercado financeiro global é decisiva para oscilações como essa.
Com o sistema de câmbio flutuante, o real responde com forte valorização, enquanto os futuros de Wall Street operam em alta moderada, acompanhando os desdobramentos da tensão.
Cotação do dólar hoje reflete guerra comercial
Por outro lado, o dólar cai 1% também em resposta ao reposicionamento dos mercados acionários globais. Na Europa, o índice Stoxx 600 recuava 0,25% após abrir em alta. Enquanto isso, na Ásia, as bolsas de valores mostraram recuperação, com o Hang Seng subindo 1,1% e o índice de tecnologia avançando 1,8%. Nesse contexto, o destaque ficou para o setor de semicondutores, que liderou os ganhos.
Apesar disso, o Hang Seng acumulou queda de 8,5% na semana, demonstrando a volatilidade do mercado provocada por disputas como as tarifas de importação impostas por China e EUA.
Dólar cai 1% e dados econômicos no Brasil ganham peso
Enquanto o dólar cai 1%, o foco interno se volta para os dados de inflação e atividade econômica. O IPCA de março foi de 0,56%, o maior para o mês desde 2003. Esse índice de preços ao consumidor (IPC) reforça o alerta para o poder de compra e pressiona expectativas futuras sobre a inflação.
Além disso, o IBC-Br subiu 0,4% em fevereiro, com crescimento de 3,8% em 12 meses. O Banco Central atua com leilões de swap para controlar os efeitos sobre a reserva cambial e manter a estabilidade da taxa de câmbio.
A política monetária dos EUA continua sendo um fator externo de peso, influenciando diretamente a cotação do dólar e o comportamento dos mercados emergentes.