As vendas no varejo no Brasil devem registrar queda de 3,21% no segundo trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A projeção faz parte do estudo realizado pelo Ibevar-FIA Business School, que também estima recuo acumulado de 1,94% nas vendas entre janeiro e junho.
Segundo o levantamento, 9 dos 12 setores do varejo analisados apresentaram retração. Essa redução sinaliza que o ciclo de crescimento anabolizado, sustentado por estímulos como o crédito ao consumidor facilitado, está perdendo força. “Estamos vendo o esgotamento de um modelo baseado no consumo estimulado artificialmente”, afirma Claudio Felisoni, presidente do Ibevar.
Segmentos em retração revelam desaceleração econômica
Entre os segmentos em retração, os mais impactados foram livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de 45,17%. Também caíram: equipamentos e materiais de escritório (-5,40%), artigos pessoais e domésticos (-1,95%) e móveis e eletrodomésticos (-0,93%). Esses dados reforçam um cenário de desaceleração econômica e mudanças no consumo das famílias.
O chamado varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, também mostra retração. No primeiro semestre, automóveis e motos caíram 5,39%, e materiais de construção recuaram 1,86%. Já o varejo restrito, que exclui esses itens, também teve desempenho abaixo do esperado.
Veja no vídeo abaixo mais detalhes sobre os desafios das vendas no varejo em 2025:
Inflação e juros impactam a confiança do consumidor nas vendas no varejo
A inflação e a taxa de juros das vendas no varejo continuam a afetar o poder de compra e a confiança do consumidor. Com menos acesso a crédito e mais cautela nos gastos, os consumidores têm revisto suas prioridades.
As projeções econômicas apontam para um ano desafiador para o comércio. O momento exige atenção não apenas dos empresários, mas também de quem busca o melhor investimento ou quer entender os rumos do setor varejista.









