O mercado financeiro brasileiro desta quarta-feira (16) registrou oscilações relevantes, com queda das principais moedas estrangeiras e leve recuo do Ibovespa. A cautela dos investidores reflete a influência de indicadores econômicos globais, políticas fiscais e incertezas quanto à condução dos juros nos Estados Unidos.
Moedas recuam no mercado financeiro
O dólar comercial encerrou o dia com queda de 0,44%, cotado a R$5,86. O euro também caiu 0,44%, sendo negociado a R$6,67. O movimento indica maior estabilidade no mercado cambial, com fluxo de capitais mais equilibrado frente ao cenário externo.
Confira o desempenho de outras moedas e ativos:
Moeda | Variação (%) | Cotação (R$) |
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Dólar turismo | -0,52% | R$6,09 |
Euro | -0,44% | R$6,67 |
Libra esterlina | -0,30% | R$7,76 |
Peso argentino | +4,96% | R$0,005 |
Bitcoin | +0,32% | R$497.419,00 |
Ibovespa fecha em baixa após sequência de ganhos
O Ibovespa, principal índice da B3, recuou 0,72%, fechando aos 128.316,89 pontos, devolvendo parte dos ganhos acumulados nos últimos pregões. A queda foi puxada por papéis de empresas do setor farmacêutico, mineração e aviação.
Maiores altas do dia
Algumas ações se destacaram positivamente, especialmente nos setores de varejo, construção e proteína animal:
Ticker | Empresa | Variação (%) | Cotação (R$) |
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BRAV3.SA | BR Advisory Partners | +5,22% | R$18,13 |
BEEF3.SA | Minerva | +4,35% | R$7,20 |
JHSF3.SA | JHSF Participações | +3,45% | R$4,50 |
MRVE3.SA | MRV Engenharia | +3,02% | R$5,12 |
EXCO32.SA | Exco Tecnologia | +2,51% | R$9,38 |
Maiores baixas do dia
As perdas foram lideradas por empresas ligadas aos setores de saúde, mineração e seguros:
Ticker | Empresa | Variação (%) | Cotação (R$) |
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RADL3.SA | Raia Drogasil | -6,40% | R$21,34 |
CMIN3.SA | CSN Mineração | -3,87% | R$5,72 |
EMBR3.SA | Embraer | -3,46% | R$62,41 |
VIVA3.SA | Viveo | -3,39% | R$19,37 |
IRBR3.SA | IRB Brasil | -2,91% | R$45,65 |
Ações mais negociadas
Entre os papéis com maior volume de negociação, destaque para empresas do varejo, bebidas e petróleo:
Ticker | Empresa | Variação (%) | Cotação (R$) |
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CRFB3.SA | Carrefour Brasil | +1,09% | R$8,38 |
PETR4.SA | Petrobras | 0% | R$31,00 |
HAPV3.SA | Hapvida | 0% | R$2,21 |
ABEV3.SA | Ambev | +1,68% | R$13,89 |
COGN3.SA | Cogna Educação | -1,28% | R$2,32 |
Perspectivas para o mercado financeiro
O desempenho do mercado financeiro continua sendo impactado por fatores como inflação global, sinalizações de política monetária dos Estados Unidos e dados da economia chinesa. A expectativa em torno das próximas decisões de juros segue como fator de volatilidade.
Para investidores, o momento exige monitoramento contínuo, análise técnica fundamentada e diversificação estratégica, especialmente diante da instabilidade nas bolsas globais e no mercado cambial.
Principais notícias do dia no mercado financeiro:
Banco Pine ajusta valor dos juros sobre capital próprio
O Banco Pine ajustou os valores dos juros sobre capital próprio (JCP) aprovados em abril. O valor por ação passou de R$ 0,0823389 para R$ 0,0823294. O pagamento aos acionistas ocorrerá em 25 de abril de 2025. A partir de 11 de abril, os papéis passaram a ser negociados sem direito à remuneração.
Produção de minério de ferro da Vale recua 4% no 1T25
A produção de minério de ferro da Vale (VALE3) somou 67,7 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2025, com queda de 4% na comparação anual. Mesmo assim, as vendas de minério de ferro cresceram 4%, totalizando 66,1 milhões de toneladas no período, conforme relatório oficial divulgado pela companhia.
OMC Reduz Previsão de Crescimento do Comércio Global para 2025
A Organização Mundial do Comércio (OMC) anunciou uma revisão significativa de suas previsões para o crescimento do comércio global em 2025, agora prevendo uma queda de 0,2% no volume de transações. Anteriormente, a organização havia projetado um crescimento de 3% para o comércio neste ano. A alteração deve-se às novas tarifas comerciais dos Estados Unidos, que podem gerar a maior queda no comércio internacional desde a pandemia de Covid-19.
Tarifas contra China aumentam tensão do mercado
As tarifas contra China atingiram 245%, segundo a Casa Branca, sinalizando novo capítulo na guerra comercial entre as maiores economias. O documento oficial, incluído nos mais recentes documentos da Casa Branca, atribui o alto percentual às retaliações de Pequim, motivadas por uma postura mais rígida e protecionista por Washington. Você já se perguntou como isso afeta o seu bolso?