O preço do petróleo registrou queda significativa nesta segunda-feira (21), pressionado pelos sinais de avanço nas negociações EUA-Irã. O movimento ocorre em meio à expectativa de que um eventual acordo possa aliviar sanções econômicas e reintroduzir a produção iraniana de petróleo no mercado global, aumentando a oferta global de petróleo.
Os contratos futuros do Brent recuaram US$ 1,70, ou 2,5%, encerrando a sessão a US$ 66,26 por barril. Já o barril do petróleo WTI (West Texas Intermediate), referência dos Estados Unidos, caiu US$ 1,60, também 2,5%, para US$ 63,08. As quedas ocorreram após um fechamento em alta antes do feriado da Sexta-feira Santa, quando o Brent e o WTI haviam subido mais de 3%.
Perspectiva de acordo nuclear afeta cotação no mercado de commodities e preço do petróleo
Segundo Harry Tchilinguirian, chefe do grupo de pesquisa da Onyx Capital Group, a percepção de que as negociações com o Irã estão avançando abriu espaço para especulações sobre o retorno das exportações iranianas. “Se um acordo for fechado, o petróleo iraniano poderá voltar ao mercado em grande escala”, avaliou o analista.
O ministro das Relações Exteriores do Irã confirmou que os dois países iniciaram a elaboração de um esboço de acordo nuclear. Uma autoridade norte-americana também afirmou que as conversas demonstraram “progresso muito bom”, embora o tema siga sensível e sujeito a retrocessos. A instabilidade reforça o risco geopolítico e aumenta a volatilidade do mercado.
Veja mais detalhes sobre o preço do petróleo no vídeo abaixo:
Além disso, o mercado permanece atento ao impacto das tarifas globais e à demanda por energia. A redução da liquidez nas bolsas internacionais por conta dos feriados também contribuiu para as oscilações mais acentuadas nos preços. A movimentação é acompanhada de perto pelos participantes do mercado futuro de petróleo e pelas decisões da OPEP+, que pode ajustar sua política de produção diante do novo cenário.
Para investidores e governos, a geopolítica do petróleo e o acesso às reservas estratégicas de petróleo seguem como fatores críticos, enquanto países consumidores avaliam suas importações de petróleo com base nos desdobramentos diplomáticos.