O lucro da Vale no 1T25 foi de US$ 1,39 bilhão, conforme informado pela mineradora nesta quinta-feira (24/04). Esse valor representa uma queda de 17% em relação ao mesmo período de 2024. Além disso, o resultado veio abaixo das projeções do mercado, que esperava US$ 1,59 bilhão.
Mesmo com esse desempenho, a empresa destacou que o início de 2025 está alinhado aos seus objetivos estratégicos. A redução dos custos e a estabilidade operacional foram apontadas como pontos positivos, apesar da queda nas cotações do minério.
Receita e Ebitda também refletem o lucro da Vale no 1T25
Além da queda no lucro da Vale no 1T25, outros indicadores financeiros acompanharam a tendência de retração:
- A receita líquida somou US$ 8,11 bilhões, com recuo de 4% ano a ano;
- O Ebitda ajustado totalizou US$ 3,11 bilhões, 9% abaixo do 1T24.
A companhia explicou que a queda de 16% nos preços internacionais do minério de ferro foi o principal fator de pressão. No entanto, destacou que o câmbio favorável e a gestão de custos ajudaram a atenuar os efeitos negativos sobre o resultado final.
Produção, vendas e custos no contexto do lucro da Vale no 1T25
No primeiro trimestre, a Vale produziu 67,7 milhões de toneladas de minério de ferro.sso significa uma queda de 4,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, as vendas cresceram 3,6%, atingindo 66,1 milhões de toneladas.
Esse desempenho foi possível devido ao uso de estoques. Enquanto isso, o custo caixa C1 caiu 11% e fechou o trimestre em US$ 21/t, dentro da meta anual. A redução contribuiu diretamente para proteger o lucro da Vale no 1T25, mesmo em um cenário adverso.
Gestão estratégica sustenta os resultados da Vale
Segundo o CEO Gustavo Pimenta, a empresa segue focada em eficiência e na geração de valor. Ele afirmou:
“Tivemos um início de ano consistente. Nosso desempenho reflete um esforço contínuo na gestão de custos e na melhoria do nosso portfólio.”
A estratégia também envolve revisão nos investimentos. O Capex da Vale ficou em US$ 1,2 bilhão no trimestre, o que representa uma queda de 16% frente ao 1T24.
Dívida e mercado: equilíbrio e cautela
A dívida líquida expandida da companhia cresceu 11% e atingiu US$ 18,2 bilhões. Isso ocorreu, sobretudo, por causa do pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio. Apesar disso, a Vale reforçou sua solidez financeira e manteve o foco em sustentabilidade operacional.
Analistas consideraram os números consistentes no campo operacional. Porém, observaram que o resultado financeiro, especialmente o lucro da Vale no 1T25, acabou pressionado pela dinâmica internacional dos preços das commodities.