As principais marcas de calçados esportivos globais, como Nike, Adidas, Under Armour e Puma, se uniram em um apelo contra as tarifas sobre calçados importados. Elas afirmam que a política atual afeta diretamente o consumidor, desequilibra o comércio exterior de calçados e ameaça a competitividade do setor no mercado global.
Tarifas de importação de calçados elevam custos e pressionam preços
As empresas destacam que as tarifas de importação de calçados não incentivam a produção local, mas sim aumentam o custo dos produtos. Em carta enviada à Casa Branca pela FDRA, associação que representa o setor, as gigantes alertaram sobre o impacto das tarifas de importação na cadeia produtiva e nos preços finais ao consumidor.
Segundo o grupo, a estrutura produtiva do setor é globalizada e depende de países como Vietnã e Indonésia. Qualquer elevação de custo afeta diretamente a margem de lucro das empresas e a estratégia de preços da Nike, Adidas e Puma, além de tornar inviável a absorção dos impactos sem repasse ao consumidor.
Política comercial entre EUA e Europa amplia insegurança no setor
A política comercial da União Europeia e EUA também entra no radar das empresas. As tensões entre as potências econômicas contribuem para o aumento da incerteza e dificultam o planejamento de longo prazo, especialmente em um setor exposto à volatilidade das regras internacionais.
Essa situação afeta não apenas o mercado americano, mas também reflexos como as tarifas sobre calçados no Brasil 2025, que preocupam varejistas e investidores atentos ao comportamento do mercado de calçados e tarifas em outros países.
Impacto global das tarifas e implicações para o Brasil
As empresas ressaltam que a disputa comercial global afeta diretamente os países exportadores e importadores. No caso da importação de calçados no Brasil, o setor já observa alta nos custos logísticos e aumento no custo de importação de calçados para o Brasil, o que limita a competitividade das marcas internacionais no varejo nacional.
Além disso, o impacto da guerra comercial nas tarifas de importação torna o ambiente mais instável, afastando potenciais investimentos no setor de calçados. Isso pode limitar o crescimento de um mercado que, historicamente, tem forte ligação com cadeias globais de suprimento.
Perspectivas para o mercado de calçados importados em 2025
As grandes marcas pressionam o governo americano a rever sua postura e evitar danos maiores. A intenção é preservar empregos e garantir estabilidade nos negócios, tanto nos EUA quanto em parceiros comerciais como o Brasil.
O documento assinado por Nike, Adidas, Puma e outras empresas destaca ainda que o mercado de calçados e exportações pode sofrer retração caso as medidas protecionistas se intensifiquem. Além disso, especialistas já avaliam diferentes perspectivas para o mercado de calçados importados, incluindo a possibilidade de realocação produtiva para outros países e mudanças nas rotas logísticas.
Por fim, o grupo reforça que as tarifas e o impacto na economia brasileira devem ser monitorados com atenção. Ademais, a interdependência entre os mercados exige soluções coordenadas para evitar desequilíbrios no comércio e proteger consumidores e trabalhadores em escala global.