As vendas de aviões agrícolas devem ganhar força em 2025, segundo projeções da Embraer, impulsionadas pela demanda do agronegócio e novas soluções tecnológicas.
A fabricante brasileira, com produção concentrada em Botucatu (SP), prevê manter a média de 60 a 70 unidades por ano, com expectativa de estabilidade e retomada gradual no mercado de aviação agrícola. Desse modo, a aposta recai sobre o modelo Ipanema, carro-chefe da aviação agrícola no Brasil.
Aviões agrícolas seguem em alta com crescimento do setor agrícola
A Embraer aeronaves observa sinais positivos na aviação agrícola, motivados pelo crescimento do setor agrícola e pela busca de maior eficiência nas lavouras. Segundo Sany Onofre, líder da divisão agrícola da companhia, o otimismo foi evidente na Agrishow 2025. “A gente sente que este ano marca uma virada importante”, afirmou.
Mesmo sem utilizar toda a sua capacidade produtiva, que pode chegar a 100 aeronaves ao ano, a empresa considera o cenário promissor. Além disso, o movimento acompanha a tendência de investimentos em aviação agrícola, reforçando a importância do setor dentro da estratégia da Embraer.
Ipanema lidera as vendas de aviões agrícolas da Embraer
Com mais de cinco décadas de história, o Ipanema se mantém como líder de mercado entre os aviões agrícolas Embraer e vendas. Movido 100% a etanol, o modelo tem operação mais barata e eficiente em comparação a pulverizadores terrestres, além de alinhamento com práticas de sustentabilidade na aviação agrícola.
A frota ativa no Brasil soma cerca de 1.200 aeronaves, com quase 400 unidades da geração atual entregues. O custo médio gira em torno de R$ 4 milhões, o que justifica o investimento para propriedades acima de 1.500 hectares, principalmente quando se busca precisão e rapidez no trato agrícola.
Tecnologia em aviação reforça competitividade no campo
Além da aeronave, a Embraer aposta na tecnologia em aviação com a plataforma Agro Explore. Utilizando imagens de satélite da Visiona, a solução permite o mapeamento detalhado de áreas cultivadas, detectando falhas e pragas e promovendo a agricultura de precisão.
Embora drones sejam cada vez mais comuns, a empresa destaca que são complementares. “O Ipanema leva mil litros. Um drone agrícola carrega apenas 40. São usos diferentes”, explica Onofre. Isso reforça a importância de integrar ferramentas de acordo com o tipo de operação.
Futuro dos aviões agrícolas anima investidores
O futuro dos aviões agrícolas é promissor, com a Embraer vislumbrando oportunidades inclusive no mercado externo. A empresa já observa uma retomada das exportações da Embraer para países da América Latina e dos Estados Unidos, ampliando seu alcance além da aviação comercial e agrícola no Brasil.
Com foco em inovação na aviação e respostas às novas exigências do agronegócio, a Embraer fortalece sua posição como referência em soluções para grandes propriedades rurais. As vendas de aviões agrícolas em 2025 devem refletir esse novo ciclo, que alia produtividade, sustentabilidade e tecnologia.








