O déficit comercial dos EUA atingiu um recorde em março de 2025, impulsionado por um aumento nas importações antes da implementação de novas tarifas de importação. Segundo o Departamento de Comércio, o saldo negativo da balança comercial americana chegou a US$ 140,5 bilhões, alta de 14% em relação ao mês anterior. Esse é o maior déficit comercial registrado desde o início da série histórica em 1992.
Especialistas apontam que a antecipação de importações dos EUA, especialmente de bens de consumo, foi motivada por mudanças na política comercial dos EUA promovidas pelo governo Trump. As empresas buscaram se proteger de aumentos nas tarifas sobre produtos como roupas, eletrônicos, móveis e veículos. As importações subiram 4,4%, totalizando US$ 419 bilhões, enquanto as exportações dos EUA cresceram apenas 0,2%, alcançando US$ 278,5 bilhões.
Déficit comercial dos EUA: tarifas e comércio internacional pressionam desempenho econômico
O impacto das tarifas na economia também afetou o Produto Interno Bruto dos EUA. No primeiro trimestre de 2025, o déficit comercial reduziu em 4,83 pontos percentuais o crescimento do PIB, que recuou 0,3% no período. Essa retração marca a primeira queda anual desde 2022.
A guerra comercial em curso, com destaque para o comércio EUA-China, pressiona a balança comercial americana. A política comercial dos EUA tem causado reações do mercado às tarifas, afetando setores como o farmacêutico, que teve forte contribuição no crescimento das importações.
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Analistas destacam que o déficit comercial recorde é reflexo de um cenário de comércio internacional volátil. A balança comercial americana segue sob influência das decisões de tarifas de importação e exportação e da antecipação de importações como estratégia corporativa.
O impacto das tarifas na economia americana reacende o debate sobre os efeitos das políticas protecionistas e seu papel nos desequilíbrios macroeconômicos.