Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 0,62% em março de 2025, marcando o segundo mês consecutivo de queda, segundo dados do IBGE IPP março. A deflação na indústria foi puxada principalmente pela queda nos preços de alimentos, com destaque para carnes bovinas congeladas.
Essa retração reforça o cenário de queda nos preços da indústria, mesmo após 12 meses seguidos de alta. O IPP acumulado em 12 meses ainda mostra elevação de 8,37%, indicando pressões inflacionárias mais moderadas na base anual.
Índice de Preços ao Produtor em março 2025: alimentos lideram variações negativas
No mês, o setor de alimentos foi o maior responsável pela inflação industrial negativa. Houve recuo de 1,35% nos preços, com destaque para:
- Abate e fabricação de produtos de carne: -3,27%
- Fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais: -3,91%
- Moagem e alimentos para animais: -2,61%
Esse desempenho do IPP alimentos em março de 2025 sinaliza uma retração relevante nos custos industriais da cadeia alimentícia.
A indústria de transformação IPP também refletiu o movimento, embora com menor intensidade. Já a atividade de indústrias extrativas, com recuo de 3,61%, foi a segunda maior influência na deflação geral.
Veja mais detalhes sobre o Índice de Preços ao Produtor no vídeo abaixo:
Impacto do IPP na economia e política monetária
O IPP mede a variação de preços na porta da fábrica, sem incluir impostos ou frete. Ele influencia o comportamento da inflação ao consumidor e pode afetar decisões da política monetária. A sequência de dois meses de deflação pode ser considerada pelo Banco Central em decisões futuras.
O comportamento da variação mensal IPP e o IPP acumulado 12 meses são indicadores observados de perto pelo mercado. Analistas acompanham esses dados para avaliar o impacto do IPP na economia e sua correlação com os juros e o crédito.
Com a Taxa Selic 14,75%, o IPP negativo traz alívio parcial para o custo de produção, ainda que limitado frente ao cenário de juros elevados.