O Grupo Iguatemi acaba de concluir duas importantes aquisições, marcando uma das maiores movimentações do setor de shopping centers em São Paulo. As aquisições do Grupo Iguatemi incluem o Pátio Paulista e o Pátio Higienópolis, este último já sob sua administração e com participação anterior. Somadas à compra do Shopping RioSul, no Rio de Janeiro, em 2024, essas operações consolidam um plano estratégico de expansão de portfólio, totalizando R$ 4 bilhões em investimentos.
Segundo o CEO Pedro Jereissati (foto), os novos ativos devem estar entre os cinco mais produtivos da companhia em receita por metro quadrado (NOI R$/m²). Eles também entram na lista dos oito maiores em resultado operacional total (NOI), ao lado dos shoppings Iguatemi Porto Alegre, Campinas e Esplanada — todos com resultados próximos de R$ 200 milhões por ano.

Aquisições do Grupo Iguatemi atraem investidores e ampliam competitividade
As aquisições do Grupo Iguatemi foram viabilizadas com responsabilidade financeira e apoio de investidores estratégicos.
“Mesmo em um cenário desafiador, com juros altos, mantivemos equilíbrio. Contamos com parceiros como BB Asset Management, BBIG11, XP Inc., Capitânia Investimentos, FUNCEF, Braz e Combrashop”, declarou Jereissati.
Além dos novos aportes, o grupo anunciou cerca de R$ 1 bilhão em desinvestimentos. A medida permitiu preservar a alavancagem financeira dentro do limite considerado saudável pela companhia.
“Oportunidades como essas não surgem todos os dias. Trabalhamos intensamente por 18 meses para viabilizar essas aquisições do Grupo Iguatemi, mantendo nosso padrão de excelência”, reforçou Pedro Jereissati.
A companhia aplicará nos novos ativos seu modelo consagrado de gestão. Isso inclui curadoria de marcas, eventos diferenciados, design e conteúdos que elevam a experiência de compra.
Lucro líquido da Iguatemi cresce 32,6% no 1º trimestre
O ciclo de aquisições do Grupo Iguatemi acontece em meio a um cenário de crescimento sustentável. No primeiro trimestre de 2025, a empresa reportou lucro líquido de R$ 107,5 milhões, um avanço de 32,6% sobre o mesmo período do ano anterior.
A receita líquida da companhia atingiu R$ 315 milhões, e o Ebitda ajustado foi de R$ 244,3 milhões. A margem Ebitda se manteve em 74%, uma das mais altas do setor. Os resultados refletem não apenas o desempenho dos ativos consolidados, mas também os efeitos positivos da estratégia de crescimento inorgânico adotada nos últimos dois anos.
As recentes aquisições do Grupo Iguatemi, somadas à disciplina de portfólio, reforçam a força do setor de shopping centers no Brasil. A companhia se posiciona entre os líderes do mercado imobiliário de alto padrão.