China hackeia empresas no Brasil com o objetivo de obter vantagem em contratos estratégicos, segundo revelou o vice-presidente da CrowdStrike, Adam Meyers, em relatório recente sobre cibersegurança no Brasil. As informações são do portal TecMundo.
Os ataques revelam uma sofisticada operação de espionagem cibernética conduzida por hackers chineses, com foco em licitações públicas no Brasil. A ação visa acessar dados estratégicos para garantir contratos em setores como infraestrutura e energia. O relatório reforça a importância da proteção de dados empresariais em um cenário digital cada vez mais vulnerável.
China hackeia empresas no Brasil para vencer licitações públicas
Segundo a CrowdStrike, a China hackeou empresas no Brasil não apenas para obter informações comerciais, mas também para influenciar decisões geopolíticas e expandir sua presença tecnológica no país. Desse modo, a tática inclui espionagem digital de empresas concorrentes e também de órgãos públicos responsáveis por contratos estratégicos.
Essas ações representam sérios riscos digitais para empresas, principalmente aquelas ligadas à infraestrutura crítica no Brasil, como projetos ferroviários, obras de energia e grandes empreendimentos civis. O relatório identifica grupos como Liminal Panda e Vixen Panda, que têm como alvo o mercado latino-americano e atuam com foco em espionagem e coleta de dados sensíveis.
Ataques cibernéticos no Brasil cresceram 15% em 2024
O número de ataques cibernéticos no Brasil disparou em 2024, com um aumento de 15% em relação ao ano anterior. O país lidera o ranking da América Latina com 119 incidentes confirmados, entre os 291 registrados pela CrowdStrike na região.
Além de ataques por ransomware, cresce a preocupação com tentativas de invasão para coleta de informações sigilosas, o que reforça a necessidade de investimentos em cibersegurança. Além disso, segundo Meyers, muitas empresas brasileiras ainda usam ferramentas ultrapassadas, o que aumenta a exposição aos riscos.
A segurança da informação corporativa se tornou um dos pilares da governança digital empresarial, e o cenário atual exige a adoção de estratégias que contemplem também compliance digital no Brasil, uma área em evolução que integra gestão de riscos, privacidade e conformidade legal.
Mercado financeiro e cibersegurança estão cada vez mais conectados
O impacto das ameaças digitais não se restringe apenas às empresas de tecnologia. Mercado financeiro e cibersegurança estão cada vez mais conectados, com riscos crescentes de ataques digitais que ameaçam dados, operações bancárias e a estabilidade econômica.
O apagão digital de julho de 2024, causado por falha no Falcon Sensor da CrowdStrike, expôs a fragilidade da cadeia digital global em diversos setores. Portanto, apesar do incidente, a empresa recuperou a confiança do mercado, reforçando sua atuação em proteção contra ransomware e resposta a incidentes.
China hackeia empresas no Brasil e desafia cibersegurança nacional
O Brasil é considerado um mercado-chave para a expansão da CrowdStrike na América Latina. Desse modo, a empresa já conta com uma equipe local e reforça que o país precisa de soluções modernas de defesa digital para enfrentar ameaças cada vez mais sofisticadas.
Além disso, Meyers destaca que o país é um dos principais alvos globais de espionagem cibernética, o que torna urgente o reforço da cibersegurança no Brasil. Para ele, empresas que atuam em áreas críticas precisam adotar ferramentas robustas para proteger seus dados, sua operação e seu papel estratégico na economia nacional.
Assim, a atuação de hackers chineses em licitações públicas no Brasil revela que os ataques digitais representam ameaças técnicas, políticas e econômicas ao país. Ademais, cresce a demanda por segurança da informação, governança digital e compliance, reforçando a necessidade de um ecossistema de proteção mais robusto no Brasil.