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Cesta básica ideal atinge R$ 432 e está fora do alcance da maioria

A cesta básica ideal chegou a R$ 432 em abril, segundo estudo do Instituto Pacto Contra a Fome. O valor é inacessível para mais de 70% da população brasileira e revela a distância entre alimentação adequada e a realidade econômica. O aumento da inflação de alimentos também pressiona ainda mais as famílias de baixa renda.
A imagem mostra alimentos da cesta básica ideal
Cesta básica ideal atinge R$ 432 e está fora do alcance da maioria. Foto: Canva

A cesta básica ideal, definida por critérios nutricionais, foi estimada em R$ 432 por pessoa no mês de abril. O levantamento é do Instituto Pacto Contra a Fome, com base em dados do Núcleo de Epidemiologia e Biologia da Nutrição (NEBIN).

O valor representa 21,4% da renda média mensal per capita brasileira, que ficou em R$ 2.020 no mesmo período. Isso significa que, mesmo sem contar moradia, transporte ou saúde, a alimentação adequada já compromete um quinto da renda média — e ultrapassa completamente o orçamento das camadas mais vulneráveis.

Alimentação adequada está fora do alcance de 70% da população

Segundo o estudo, mais de 70% dos brasileiros não têm renda suficiente para bancar uma cesta básica ideal. Cerca de 21,7 milhões de pessoas vivem com menos do que o valor necessário para garantir os itens mínimos de uma dieta equilibrada.

Ricardo Mota, gerente do instituto, afirma que os dados evidenciam a urgência de ações públicas: “É um alerta grave. A alimentação adequada, garantida por lei, segue inacessível para a maioria. Precisamos de políticas baseadas em dados, com foco na redução da insegurança alimentar”.

Além disso, o relatório mostra que famílias de baixa renda sentem até 2,5 vezes mais os efeitos da inflação alimentar do que as famílias mais ricas.

Veja os itens da cesta básica ideal no vídeo abaixo:

Inflação dos alimentos pressiona ainda mais os consumidores

A escalada de preços de produtos básicos também contribui para o agravamento da situação. Em abril, a inflação no grupo Alimentação e Bebidas foi de 0,82%, acima do índice geral de 0,43%. Os principais vilões do mês foram a batata (18,29%), o tomate (14,32%) e o café moído (4,48%).

Por outro lado, houve alívio em itens como arroz (-4,19%), feijão preto (-5,45%) e mamão (-5,96%). Ainda assim, os alimentos in natura — mais sensíveis ao clima — seguem instáveis e com impacto direto no orçamento das famílias.

Esses fatores ajudam a explicar por que a cesta básica ideal está cada vez mais distante da realidade de quem depende da renda mínima para sobreviver.

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