A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira (13/05/2025) a 5ª fase da Operação Sisamnes. A nova etapa aprofunda a investigação sobre lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, câmbio clandestino e organização criminosa.
Segundo o comunicado oficial da PF, a operação investiga uma rede financeira e empresarial criada para dissimular a origem de recursos ilícitos. O grupo teria usado propinas destinadas à compra de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O objetivo era romper a ligação entre o agente corruptor e o servidor público corrompido.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou 11 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal. As medidas também incluem bloqueio de R$ 20 milhões em bens e valores, além da apreensão de passaportes e proibição de saída do país para os investigados.
PF identifica rede de lavagem e uso de laranjas
A Polícia Federal identificou um sistema de lavagem de dinheiro operado por empresas de fachada e intermediários. Segundo as investigações, o grupo movimentava valores no mercado de câmbio paralelo e fazia transferências fracionadas para dificultar o rastreamento.
As medidas buscam impedir o uso de estruturas empresariais e bancárias na ocultação de recursos ilícitos. O foco é preservar provas e reconstituir o fluxo financeiro das transações ligadas à venda de decisões judiciais.
Operação Sisamnes reforça combate à corrupção no Judiciário
A Operação Sisamnes faz parte de uma ação contínua da PF contra corrupção e lavagem de dinheiro no Judiciário. O nome da operação faz referência a Sisamnes, juiz persa executado por aceitar suborno — um símbolo de violação da imparcialidade.
De acordo com a PF, a nova fase reforça o controle sobre fluxos financeiros suspeitos e o combate a redes de influência. As investigações continuam sob supervisão do Supremo Tribunal Federal, e novos desdobramentos são esperados nas próximas semanas.









