As demissões da Microsoft chegarão a 6.000 funcionários em mais uma rodada de reestruturação da equipe global, refletindo a pressão por eficiência e foco em novas tecnologias. A medida está diretamente ligada ao redirecionamento estratégico da companhia para o setor de inteligência artificial.
Essa medida anunciada na última terça-feira (13), representa o corte de cerca de 3% do quadro de colaboradores da empresa. As demissões vão atingir escritórios internacionais e subsidiárias como o LinkedIn, e são parte de uma estratégia de reorganização para adaptar a estrutura à dinâmica do mercado.
A Microsoft afirmou que está “implementando mudanças organizacionais necessárias para melhor posicionar a empresa” frente à concorrência e à aceleração dos investimentos em inteligência artificial. Desde o fim de 2024, cerca de 2.000 colaboradores já haviam sido desligados por motivos de desempenho.
Concorrência e IA aceleram cortes em empresas de tecnologia
Empresas como Amazon e Meta também adotaram medidas semelhantes. A Meta cortou aproximadamente 5% da equipe em 2025, e a Amazon eliminou 27 mil cargos ao longo de 2023. A Microsoft encerrou o ano passado com cerca de 74 mil funcionários e, com os cortes mais recentes, já reduziu quase um quarto da sua força de trabalho em poucos anos.
A companhia segue os passos de outras big techs em relação ao aumento dos aportes em IA. No caso da Microsoft, a realocação de recursos busca posicionar a empresa como protagonista em um setor que avança rapidamente, inclusive por meio de parcerias estratégicas como a mantida com a OpenAI.
A reorganização foca na eliminação de camadas intermediárias de gestão e na simplificação de operações, visando maior agilidade. A estratégia também abre espaço para contratação de novos talentos especializados em IA, segmento que vem recebendo investimentos bilionários.
Veja no vídeo abaixo mais detalhes sobre as demissões da Microsoft após declaração sobre uso de IA:
Demissões da Microsoft: cortes refletem nova fase de transformação digital
As demissões da Microsoft já foram anunciadas mas ainda não foram divulgados maiores detalhes. Analistas indicam que boa parte afetará operações nos Estados Unidos, Europa e Ásia. O LinkedIn, comprado pela Microsoft em 2016, também faz parte do plano de enxugamento.
Com cerca de 74 mil funcionários no final de 2024, a Microsoft já havia realizado 2 mil demissões relacionadas a desempenho neste ano. A nova rodada amplia esse número e mostra como a transformação digital agora passa por uma fase mais seletiva, com foco na especialização e em tecnologias emergentes.
O movimento segue uma tendência global de racionalização da força de trabalho para priorizar áreas com maior potencial de crescimento. Segundo analistas de mercado, o avanço da IA exige equipes com perfis técnicos específicos e mais investimento em P&D, o que impulsiona reestruturações como a anunciada agora.