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Trump anuncia fim das sanções dos EUA contra a Síria

Medida anunciada por Trump encerra as sanções dos EUA contra a Síria e pode redefinir alianças na geopolítica do Oriente Médio.
Donald Trump anuncia fim das sanções dos EUA contra a Síria durante evento no Oriente Médio
Trump oficializa suspensão das sanções dos EUA contra a Síria em discurso na Arábia Saudita. Foto: Alan Santos /PR

O presidente americano Donald Trump anunciou o fim das sanções dos EUA contra a Síria, durante evento na Arábia Saudita nesta terça-feira (13).

A decisão marca uma guinada na política externa dos EUA e deve reconfigurar as relações internacionais no Oriente Médio. Trump justificou a medida como uma “oportunidade para a Síria trilhar um novo caminho”, após anos de isolamento político e econômico.

Sanções dos EUA contra a Síria serão totalmente suspensas

Durante sua participação em um fórum de investimentos em Riad, Trump declarou que vai remover todas as sanções dos EUA contra a Síria, encerrando restrições que afetaram profundamente o comércio e a economia do país nos últimos anos. Essas medidas fizeram parte das sanções econômicas dos EUA, uma estratégia central da política externa dos EUA nos últimos anos.

As sanções, implementadas principalmente a partir de 2011, visavam pressionar o então governo de Bashar al-Assad. Elas bloquearam o acesso de Damasco ao sistema financeiro internacional e barraram investimentos estrangeiros essenciais à reconstrução nacional. O impacto das sanções econômicas atingiu duramente setores como infraestrutura, saúde e abastecimento.

“É hora de dar uma chance para a Síria mostrar seu potencial. Estamos retirando todas as sanções. Boa sorte, Síria”, afirmou Trump diante de empresários e líderes políticos da região.

Decisão contou com apoio de Arábia Saudita e Turquia

Segundo a Casa Branca, a decisão foi tomada após conversas com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Ambos pressionavam há meses pela suspensão das sanções dos EUA contra a Síria, argumentando que o embargo dificultava a estabilização regional. Essa movimentação também está inserida no contexto da geopolítica do Oriente Médio, onde alianças estratégicas moldam o futuro da região.

Fontes do governo americano informaram que o encontro entre Trump e o novo presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, deve ocorrer nesta quarta-feira (14). Sharaa assumiu o poder em dezembro, após a queda de Assad, e busca reforçar relações EUA Síria com foco no reconhecimento internacional da Síria.

Ex-líder de grupo extremista agora busca moderação

Sharaa, que já liderou o grupo HTS (Organização para a Libertação do Levante), considerado uma ramificação da Al Qaeda, passou anos em prisão americana antes de romper com a ideologia extremista. Desde 2016, ele adota postura mais moderada e tenta reabilitar sua imagem política.

O grupo HTS foi oficialmente dissolvido em janeiro deste ano. Apesar disso, o Conselho de Segurança da ONU ainda mantém sanções comerciais internacionais contra a antiga organização, incluindo congelamento de ativos e embargo de armas. Além disso, não está claro se os EUA também pedirão a suspensão dessas restrições internacionais, refletindo os ajustes da estratégia econômica dos EUA.

Reações internacionais à retirada das sanções dos EUA contra a Síria

O anúncio gerou reações positivas de países árabes e organizações multilaterais. Desse modo, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shibani, classificou a suspensão das sanções dos EUA contra a Síria como crucial.

“O fim das sanções abre caminho para a reconstrução econômica e a estabilidade política. É o recomeço que o povo sírio esperava”, declarou Shibani em comunicado. Assim, especialistas ressaltam os desafios econômicos da Síria, agravados pela guerra civil na Síria, e veem na decisão uma chance de reverter parte dos danos causados ao país.

A Organização das Nações Unidas também se pronunciou. O porta-voz Stephane Dujarric afirmou que a medida é “um passo necessário para acelerar a recuperação de uma década de guerra, estagnação e crise humanitária”. Além disso, ele também destacou o potencial de retomada da economia da Síria em 2025 com a entrada de capital externo.

Caminho aberto para investimentos e reconstrução

Especialistas apontam que a retirada das sanções dos EUA contra a Síria pode facilitar o retorno de investidores internacionais e ampliar o fluxo comercial com países aliados. Setores como infraestrutura, energia e saúde devem se beneficiar nos próximos meses, desde que a estabilidade política avance.

Portanto, com a reaproximação entre Washington e Damasco, a expectativa é que outras nações ocidentais reavaliem suas políticas de embargo e isolamento, fomentando investimentos no Oriente Médio. Ademais, a medida também se insere nas estratégias da Trump política externa, voltadas à desmilitarização e reestruturação das parcerias comerciais globais.

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