A Casas Bahia (BHIA3) registrou prejuízo líquido de R$ 408 milhões no primeiro trimestre, 56,3% maior que no mesmo período de 2024. Apesar do resultado negativo, a receita líquida da empresa somou R$ 6,9 bilhões, alta de 10,1% na comparação anual.
O crescimento das Casas Bahia foi impulsionado pelo bom desempenho das lojas físicas, que avançaram 15,8%, e pelo marketplace, que teve aumento de 17,5%. Em contrapartida, as vendas on-line diretas recuaram 2,1%, devido a uma política mais seletiva voltada à proteção das margens.
Receita cresce, mas custo financeiro pressiona resultado
O Ebitda ajustado da Casas Bahia (BHIA3) alcançou R$ 570 milhões, crescimento de 47% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Segundo a empresa, os números refletem os primeiros efeitos do plano de reestruturação iniciado em 2023. O grupo conseguiu manter a rentabilidade nas principais linhas de negócio, mesmo diante de um cenário econômico mais desafiador.
A margem Ebitda subiu de 6,1% para 8,2%, o melhor patamar dos últimos dois anos. O aumento da eficiência operacional e o foco em serviços financeiros, que cresceram 18,4%, impulsionaram esse avanço.
Endividamento e juros afetam desempenho final das Casas Bahia
Os juros elevados e o aumento da dívida da Casas Bahia prejudicaram o resultado financeiro, apesar da melhora operacional. O resultado líquido financeiro ficou negativo em R$ 922 milhões, alta de quase 90% frente ao primeiro trimestre de 2024. A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, piorou: passou de -1,2 vez para -0,9 vez no período.