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Inflação argentina em abril tem desaceleração acima do previsto, entenda melhor

A inflação argentina em abril de 2025 caiu para 2,8%, surpreendendo positivamente analistas que esperavam 3,1%. O dado indica uma desaceleração gradual no ritmo inflacionário sob a gestão de Javier Milei, apesar do impacto social provocado por cortes em benefícios e serviços públicos. A inflação acumulada em 12 meses chegou a 47,3%, mantendo a pressão sobre o custo de vida no país.
A imagem mostra pesos argentinos para representar a inflação argentina em abril
Inflação argentina em abril tem desaceleração acima do previsto. Foto: Canva

A inflação argentina em abril caiu para 2,8%, surpreendendo analistas e ficando abaixo da projeção de 3,1%. O número indica uma queda em relação aos 3,7% registrados em março, conforme divulgado na última quarta-feira (14) pela agência nacional de estatísticas INDEC.

Segundo o Ministério da Economia da Argentina, a inflação argentina em abril reflete a política de contenção fiscal adotada desde o início do governo Javier Milei. A pasta destacou em nota que o ritmo inflacionário segue desacelerando e deve continuar essa trajetória nos próximos meses.

A inflação acumulada em 12 meses até abril chegou a 47,3%, abaixo dos 55,9% de março e levemente inferior à estimativa de 47,7% de analistas consultados pela Reuters. O vice-presidente do Banco Central, Vladimir Werning, afirmou na véspera que a expectativa é de novos recuos no índice de preços a partir de maio.

Causas da inflação argentina em abril

Após registrar uma das maiores inflações do mundo em 2023, com uma taxa anual acima de 210%, a Argentina iniciou uma guinada econômica sob a liderança do presidente Javier Milei. Com um pacote de medidas radicais apelidadas de “terapia de choque”, o governo cortou subsídios, enxugou a máquina pública e restringiu a emissão de moeda.

Essas ações, embora tenham elevado a pressão social no curto prazo, começaram a surtir efeito: em abril de 2025, a inflação mensal caiu para 2,8%, sinalizando uma desaceleração consistente do índice. A contenção da alta de preços representa um avanço técnico, mas o desafio agora é equilibrar a estabilidade macroeconômica com a recuperação do poder de compra da população.

Inflação argentina em abril: Cortes de gastos contêm inflação, mas geram tensões sociais

Embora a inflação argentina em abril traga algum alívio nos indicadores, o ajuste fiscal aplicado afeta o dia a dia da população. Cortes em aposentadorias, salários de servidores e projetos de infraestrutura têm gerado protestos e greves em diversas cidades.

Entre os setores que mais pressionaram o índice de abril estão restaurantes e hotéis, enquanto manutenção doméstica teve a menor variação. O grupo de alimentos e bebidas não alcoólicas subiu 2,9%, acima da média nacional, enquanto habitação e serviços públicos aumentaram 1,9%.

No último mês, o governo argentino também suspendeu o controle cambial e estabeleceu uma banda de câmbio flutuante entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar. A medida visa aumentar a transparência do mercado cambial e atrair mais investimentos.

Veja no vídeo abaixo as mudanças na economia argentina após 1 ano da posse de Milei:

Projeções indicam inflação menor até o fim do ano

A pesquisa mensal de expectativas do Banco Central prevê que a inflação argentina em abril será o início de uma tendência de baixa até o fim de 2025. A estimativa é que o índice chegue a 2% em julho e 1,8% em agosto, encerrando o ano em 31,8%.

O presidente Javier Milei, por sua vez, afirmou nesta semana que o país poderá “não ter mais inflação” até meados de 2026. Apesar do otimismo, especialistas alertam para os efeitos sociais das medidas de austeridade, que ainda impactam fortemente os mais pobres.

A inflação argentina em abril marca, portanto, um momento de inflexão nas políticas econômicas do país, entre metas de estabilidade e o desafio de preservar o bem-estar da população.

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