A fusão entre Marfrig e BRF, anunciada na última quinta-feira (15), marca um novo momento no setor alimentício brasileiro. O novo conglomerado, batizado de MBRF, terá uma receita anual estimada em R$ 152 bilhões, consolidando-se como uma das maiores empresas do setor de alimentos do mundo.
A fusão entre Marfrig e BRF une duas potências da indústria de carnes e alimentos processados. Com presença em 117 países, a MBRF passará a operar marcas como Sadia, Perdigão, Qualy, Banvit e Bassi. A empresa atuará em diversos segmentos, incluindo carnes bovina, suína e de aves, pratos prontos e pet food.
A integração das operações prevê uma produção de 8 milhões de toneladas por ano, com um time de 13 mil funcionários. A fusão entre Marfrig e BRF promete maior eficiência operacional e ampliação de mercado.
Impacto financeiro e distribuição de proventos
A transação foi estruturada com a incorporação das ações da BRF pela Marfrig, numa relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig para cada papel da BRF. A operação prevê distribuição de proventos: até R$ 3,52 bilhões pela BRF e R$ 2,5 bilhões pela Marfrig.
Segundo Marcos Molina, controlador e presidente dos conselhos das duas empresas, a fusão entre Marfrig e BRF é estratégica para consolidar sinergias e fortalecer a atuação internacional. “Estamos pavimentando um futuro promissor para nossos acionistas e consumidores”, disse.
Sinergias e previsão de ganhos
As sinergias já mapeadas chegam a R$ 805 milhões por ano. Desses, R$ 400 a R$ 500 milhões deverão ser capturados ainda nos primeiros 12 meses de operação da MBRF. As demais sinergias virão a médio e longo prazo.
Entre os ganhos estão iniciativas de cross-selling, redução de custos na cadeia de suprimentos e integração logística. A fusão entre Marfrig e BRF também cria um ecossistema mais robusto de distribuição e comercialização de alimentos. Conheça a história da BRF no vídeo abaixo:
Reação do mercado e desafios regulatórios
Com o anúncio da fusão entre Marfrig e BRF, o mercado reagiu positivamente, mas analistas alertam para desafios regulatórios. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deverá analisar o impacto concorrencial da nova empresa.
Se aprovada sem restrições, a MBRF poderá disputar liderança com gigantes globais do setor, fortalecendo a posição brasileira no mercado internacional de alimentos.