O Ibovespa superou os 140 mil pontos pela primeira vez na história nesta segunda-feira (19), impulsionado por dados positivos da economia e expectativas sobre os juros. O principal índice da B3 fechou aos 139.636,41 pontos, com alta de 0,32%, renovando a máxima nominal. O último recorde do Ibovespa ocorreu na última quinta-feira (15)
O avanço ocorreu mesmo com as bolsas americanas operando em queda. A movimentação do mercado doméstico foi influenciada por indicadores acima do esperado e falas do presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo.
O que levou o recorde no Ibovespa a ultrapassar os 140 mil pontos?
O principal gatilho foi o resultado do IBC-Br de março, considerado uma prévia do PIB. O índice cresceu 0,8% no mês e acumula alta de 4,2% em 12 meses. O dado reforçou a percepção de que a economia brasileira segue resiliente.
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Além disso, Gabriel Galípolo afirmou que os juros devem continuar elevados por mais tempo. Apesar da sinalização conservadora, o mercado viu espaço para alívio na curva futura, favorecendo ações ligadas ao consumo.
Com esse pano de fundo, papéis de empresas como Lojas Renner (LREN3) e Yduqs (YDUQ3) estiveram entre os destaques de alta. O recorde do Ibovespa, que superou os 140 mil pontos, também foi influenciado por notícias corporativas. Ações da Marfrig (MRFG3), que subiram forte na última sexta-feira (16), recuaram nesta sessão. Investidores reagiram a novos casos de gripe aviária, que já levaram nove países a suspender temporariamente as importações de carne de frango brasileira.
Outro destaque negativo foi o Banco do Brasil (BBAS3). O BTG Pactual rebaixou a recomendação da ação de compra para neutra e reduziu o preço-alvo, após balanço considerado fraco no 1º trimestre. As ações caíram mais de 13%.
O que o investidor deve observar a partir de agora?
A dúvida que surge é se o índice continuará subindo ou enfrentará obstáculos no curto prazo. A manutenção dos juros altos e os desdobramentos da gripe aviária estão no radar.
O câmbio também contribuiu para o ambiente de incerteza. O dólar caiu 0,16% e fechou cotado a R$ 5,6695. O mercado segue atento ao cenário externo, especialmente à política monetária dos EUA.









