Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Bilionários dos Estados Unidos lucraram US$ 1 bilhão por dia em 2024, segundo Oxfam

Dez bilionários ganharam US$ 365 bi em um ano, enquanto reforma tributária nos EUA pode agravar desigualdade e elevar dívida pública.
Dez bilionários ganharam US$ 365 bi em um ano, enquanto reforma tributária nos EUA pode agravar desigualdade e elevar dívida pública.
(Imagem: Tesla Owners Club Bélgica/ Wikimedia Commons)

Apesar de oscilações no mercado, os mais ricos dos Estados Unidos aumentaram suas fortunas em ritmo acelerado no último ano. Segundo um relatório da Oxfam, apenas dez bilionários acumularam, juntos, US$ 365 bilhões entre abril de 2024 e abril de 2025 — o equivalente a US$ 1 bilhão por dia.

Enquanto a elite financeira amplia seus ganhos em ritmo recorde, a maioria dos trabalhadores vê pouco avanço. O rendimento médio anual de um trabalhador nos Estados Unidos girou em torno de US$ 50 mil em 2023. Para alcançar o montante acumulado pelos dez maiores bilionários nesse período, seriam necessários mais de 700 mil anos de trabalho com salário mediano.

Bilionários dos Estados Unidos: concentração de riqueza se intensifica

Entre os dez nomes mais ricos, alguns se destacam pelo grande aumento no patrimônio. O maior salto foi do CEO da Tesla, Elon Musk, cujo crescimento individual superou US$ 186 bilhões. Outros nomes de peso incluem acionistas do Walmart, investidores de longa data e executivos do setor de tecnologia, que também ampliaram fortemente suas fortunas.

Essa tendência ocorre em um momento de discussão legislativa sobre reformas fiscais que, segundo analistas, podem beneficiar desproporcionalmente os contribuintes de maior renda.

Reforma tributária favorece o topo da pirâmide?

A proposta republicana em debate pretende manter cortes de impostos implementados em 2017 e aplicar reduções temporárias em tributos sobre horas extras e gorjetas. Modelos econômicos projetam um crescimento modesto do PIB nas próximas décadas, com ganhos mais altos para os que estão no topo da pirâmide de renda.

Estima-se que 10% da população com maiores ganhos concentrem dois terços do valor total dos benefícios fiscais. Já famílias mais pobres podem enfrentar perdas diretas, diante de cortes previstos em programas de saúde e assistência social.

Imposto sobre grandes fortunas entra no debate

Diante desse cenário, algumas propostas tentam reequilibrar a balança. Uma delas sugere a aplicação de uma taxa de 3% sobre patrimônios acima de US$ 1 bilhão. A medida, se adotada, poderia gerar dezenas de bilhões de dólares anuais, com potencial para financiar políticas públicas de amplo alcance.

No entanto, há entraves técnicos e legais. Avaliar fortunas com precisão continua sendo um desafio, e há dúvidas sobre a constitucionalidade de uma tributação direta sobre o patrimônio líquido.

Dívida pública pressiona economia

Paralelamente, o país enfrenta um problema crescente: a dívida pública ultrapassa US$ 36 trilhões. Agências de classificação de risco já rebaixaram a nota dos Estados Unidos, citando preocupações com o aumento do endividamento e a dificuldade de controlar os gastos obrigatórios.

Embora defensores do projeto aleguem que os cortes propostos podem reduzir o déficit, projeções independentes indicam que o plano pode aumentar a dívida em até US$ 5 trilhões em uma década, caso as reduções temporárias se tornem permanentes.

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas