As bolsas de NY registraram forte queda após declarações de Donald Trump sobre novas tarifas de importação contra a União Europeia.
Em nova ofensiva contra o bloco europeu, o ex-presidente Donald Trump propôs tarifas de importação fixas de 50% sobre produtos vindos da União Europeia a partir de 1º de junho. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (23), por meio da rede social Truth Social, e provocou imediata reação negativa nas bolsas de NY, com impacto direto na bolsa de valores americana e no mercado de ações dos EUA.
Bolsas de NY reagem a tarifas de importação EUA
As bolsas de NY foram diretamente afetadas pelas tarifas de importação anunciadas por Trump, pressionando os três principais índices de Wall Street. Por volta das 15h (de Brasília), o Dow Jones recuava 0,28%, o S&P 500 caía 0,33% e o Nasdaq perdia 0,54%. Investidores temem nova rodada de guerra comercial EUA-China, agora envolvendo o bloco europeu. Esse movimento reforça a volatilidade do mercado financeiro.
Segundo Trump, a União Europeia foi criada com o “objetivo principal de tirar vantagem dos Estados Unidos”. O republicano acusou o bloco de impor barreiras comerciais, tributos de valor agregado (IVA) e processos regulatórios injustos, resultando em um déficit de mais de US$ 250 bilhões anuais para os EUA. Esse tipo de política tem gerado profundo impacto das tarifas no mercado financeiro global.
Bolsas de NY e risco de guerra comercial global
A proposta de tarifas de importação amplia os riscos de uma guerra comercial de proporções globais. Além da União Europeia, Trump também criticou a Apple, ameaçando taxar em 25% seus produtos se a empresa não retomar a produção em solo americano. A declaração aumentou a volatilidade e impulsionou o índice VIX, que subiu 18,44%.
Especialistas alertam que, se implementadas, as novas tarifas de importação EUA podem encarecer bens importados, elevar a inflação e gerar retaliações comerciais. Assim, o câmbio e tarifas comerciais estão entre os principais fatores de risco apontados por analistas. Além disso, a medida também tem impacto direto sobre empresas exportadoras, como montadoras europeias e multinacionais do setor de tecnologia, ampliando os efeitos das tarifas de importação nas empresas e nas ações de empresas afetadas por tarifas.
Investidores acompanham queda nas bolsas de NY
As bolsas de NY afetam não apenas o comércio exterior, mas também a estratégia dos investidores. Desse modo, gestores de fundos reavaliam exposições a ativos ligados ao setor de consumo e à indústria, que podem ser duramente atingidos por contramedidas da União Europeia. Assim, as incertezas aumentam a preocupação com uma possível recessão econômica mundial.
Com a possibilidade de novas barreiras comerciais e o aumento do protecionismo, cresce a busca por ativos defensivos, como títulos do Tesouro dos EUA e commodities. Enquanto isso, o mercado segue monitorando os desdobramentos políticos e o posicionamento do governo Biden diante das ameaças de Trump. Desse modo, o contexto atual levanta questionamentos sobre uma crise econômica EUA 2025, além de afetar diretamente os investimentos em ações EUA.
Bolsas de NY e o futuro das tarifas de importação EUA
O futuro das tarifas de importação EUA permanece indefinido. Apesar de ainda estar fora da presidência, Trump lidera as pesquisas nas primárias republicanas, e suas propostas já influenciam o mercado. Além disso, o tema deve ganhar relevância nas eleições de 2025, especialmente entre setores diretamente impactados pela política comercial e pela economia dos EUA.
Para analistas, o endurecimento nas relações comerciais dos EUA pode afetar toda a cadeia produtiva global. Ademais, a incerteza quanto à manutenção ou aumento das tarifas de importação EUA-China exige cautela por parte de empresas, governos e investidores atentos aos sinais do mercado financeiro global.