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Emprego estável e renda em alta elevam risco à economia, entenda melhor

O avanço do emprego estável e da renda média fortalece o consumo e pressiona os preços de serviços, dificultando a redução da taxa de juros pelo Banco Central.
A imagem mostra uma carteira de trabalho para representar que o emprego estável e renda em alta afetam economia
Emprego estável e renda em alta elevam risco à economia. Foto: Canva

O cenário de emprego estável e renda em alta continua a se consolidar no Brasil. A taxa de desocupação caiu para 7% no primeiro trimestre de 2025, e a renda média mensal atingiu R$ 3.057, maior valor desde 2012. Apesar dos dados positivos, economistas alertam: o crescimento da renda e do emprego, sem aumento de produtividade, pode reacender a inflação — especialmente no setor de serviços — e impedir que o Banco Central reduza os juros.

Emprego estável e renda em alta pressionam o consumo

O aumento na oferta de vagas com carteira assinada e a valorização do salário mínimo criaram uma base sólida de consumo. Programas sociais e políticas de transferência de renda também contribuíram para o maior poder de compra da população. No entanto, esse movimento fortalece a demanda por serviços, como educação, beleza e lazer — segmentos com baixa produtividade e repasse rápido de custos.

De acordo com o IBGE, o setor de serviços foi o que mais contratou em março. Isso reforça o aquecimento da atividade, mas sem o avanço correspondente em eficiência, o que aciona o alerta para inflação persistente.

Veja detalhes sobre o aumento da oferta de vagas no vídeo abaixo:

Banco Central reage com juros altos

Diante dessa pressão inflacionária, o Banco Central mantém a taxa Selic em 14,75%, o maior patamar desde 2017. A justificativa é conter o consumo e evitar o descontrole de preços. No entanto, medidas paralelas do governo, como liberação de crédito e estímulos habitacionais, acabam suavizando o efeito restritivo dos juros, o que exige cautela na condução da política monetária.

Segundo analistas do mercado, o ciclo de cortes nos juros, antes previsto para o segundo semestre, pode ser adiado. A projeção é que a Selic só comece a cair no fim de 2025, caso os sinais de desaceleração econômica se intensifiquem.

Emprego estável e renda em alta: o dilema econômico de 2025

A combinação de emprego estável e renda em alta beneficia milhões de brasileiros, mas impõe um desafio de equilíbrio. De um lado, a inclusão social e a retomada do consumo. Do outro, o risco de uma inflação persistente que atrasa investimentos, encarece o crédito e compromete o crescimento sustentável.

Para que o país aproveite o ciclo positivo sem descarrilar a estabilidade macroeconômica, especialistas defendem foco em ganhos de produtividade, políticas fiscais responsáveis e diálogo constante entre governo e setor privado.

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